Verão 2025/2026: o que esperar da estação?
Previsão indica verão de temperaturas altas e chuvas intensas em boa parte do Brasil
Foto: Freepok
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o Prognóstico Climático para o verão 2025/2026, que começa no dia 21 de dezembro de 2025, às 12h03, e segue até 20 de março de 2026. Segundo o órgão, a estação será marcada por elevação das temperaturas em todo o país, dias mais longos que as noites e mudanças rápidas nas condições de tempo, o que favorece a ocorrência de chuvas intensas, granizo, ventos de moderada a forte intensidade e descargas elétricas.
De acordo com o Inmet, as chuvas de verão tendem a ser frequentes em praticamente todo o Brasil, com volumes superiores a 400 milímetros, exceto no extremo sul do Rio Grande do Sul, no nordeste de Roraima e no leste do Nordeste, onde os acumulados costumam ficar abaixo desse patamar. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as precipitações estão associadas principalmente à atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Norte e Nordeste a principal influência é da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Ainda conforme o instituto, os maiores volumes de chuva no período devem ocorrer nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais entre 700 e 1.100 milímetros. O Inmet destaca que, por essas características, o verão tem papel relevante para a agropecuária, a geração de energia hidrelétrica e a reposição hídrica dos reservatórios de abastecimento.
No cenário oceânico, o Inmet informa que o Oceano Pacífico Equatorial apresenta anomalias negativas de temperatura da superfície do mar na região Niño 3.4 desde agosto de 2025, com valores abaixo de -0,4°C, caracterizando um resfriamento semelhante às condições de La Niña. No entanto, projeções do APEC Climate Center (APCC), da Coreia do Sul, indicam cerca de 20% de probabilidade de permanência da La Niña no trimestre de janeiro a março de 2026 e 74,5% de chance de retorno à neutralidade no mesmo período.
Para o primeiro trimestre de 2026, a previsão climática elaborada conjuntamente por CPTEC, Inmet e Funceme aponta chuvas acima da média histórica em grande parte da Região Norte. Exceções podem ocorrer no sudeste do Pará e em todo o estado do Tocantins, onde os volumes tendem a ficar abaixo da média. As temperaturas devem ficar acima da climatologia no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, enquanto Amapá, Roraima e o norte do Pará devem registrar valores próximos da média.
Na Região Nordeste, o prognóstico indica predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, especialmente na Bahia, no centro-sul do Piauí e em grande parte de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com déficits que podem chegar a 100 milímetros no trimestre. Em contrapartida, o centro-norte do Maranhão, o norte do Piauí e o noroeste do Ceará podem ter volumes próximos ou acima da média. As temperaturas devem permanecer acima da climatologia em toda a região, com desvios superiores a 1°C em áreas da Bahia e do sul do Maranhão e do Piauí.
Para o Centro-Oeste, CPTEC, Inmet e Funceme indicam chuvas acima da média no oeste do Mato Grosso, enquanto Goiás tende a registrar volumes abaixo da média histórica. Nas demais áreas da região, a previsão é de precipitações próximas da normalidade. As temperaturas devem ficar acima da média, com desvios de até 1°C na faixa central.
No Sudeste, a previsão aponta chuvas abaixo da média climatológica, com déficits de até 100 milímetros no trimestre, principalmente em áreas centrais de Minas Gerais, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte. As temperaturas devem permanecer acima da média, com elevação de até 1°C.
Já na Região Sul, o prognóstico do Inmet indica condições favoráveis para chuvas acima da média histórica nos três estados. Os maiores acumulados são esperados no sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com até 50 milímetros acima da climatologia. As temperaturas também devem ficar predominantemente acima da média durante o verão, com destaque para o oeste gaúcho, onde os desvios podem alcançar 1°C.