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Vinícola Miolo inicia produção em complexo modelo no RS

A produção inicial é de 1 milhão de litros e de 4 milhões de litros na fase seguinte, a ser concluída em 2012


Investimento total no projeto é de R$ 30 milhões, sendo que R$ 20 milhões já foram aplicados. A Vinícola Miolo, localizada no Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha, está iniciando nesta semana a primeira vinificação do complexo Fortaleza do Seival Vineyards, unidade construída na cidade de Candiota, na fronteira oeste do Estado, cuja capacidade instalada é de 1 milhão de litros nesta primeira etapa e de 4 milhões de litros na fase seguinte, a ser concluída em 2012. O investimento total no projeto é de R$ 30 milhões. Entre 2001 e 2006 já foram aplicados R$ 20 milhões, com recursos próprios, do Prodevinho, do Banco do Brasil, Finep e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

"Nós buscamos o que existe de mais moderno e avançado para fazer uma vinícola modelo sob todos os aspectos. Desde o cuidado com os parreirais, com a utilização do conceito de Viticultura de Precisão, passando pelo transporte até chegar a vinificação", informou a este jornal o diretor Adriano Miolo, observando que operação será referência em excelência.

Adriano Miolo disse que o Fortaleza do Seival Vineyards, erguido numa área de 2,5 mil hectares, tem três pilares: a Vinicultura de Precisão, a Vinícola Modelo e Rastreabilidade. O primeiro utiliza equipamentos de monitoramento dos parreirais, como estações meteorológicas para saber o nível de maturação das uvas, mecanização de poda e testes com porta enxertos. "O segredo dos bons vinhos está no vinhedo. Tivemos que mexer na arquitetura, com menor quantidade de plantas por hectare para garantir qualidade superior da uva."

A Vinícola Modelo utiliza tanques de aço menores para a fermentação, que, por sua vez, resulta em uma vinificação personalizada. A Rastreabilidade é feita por meio de um software, que acompanha o percurso da uva até a garrafa. "Nós vamos saber qual o parreiral de onde saiu a uva, os tanques por onde o vinho passou, enfim, teremos o custo certo de um determinado lote de vinho. A grande questão que está no centro dos debates mundiais hoje é exatamente essa: ter custos definidos."

Dos 100 hectares em produção de uvas (chegará a 400 ha até 2012), parte é de variedades brancas (Chardonnay, Sauvignon Blanc e Viognier, entre outras), que em virtude do atraso das obras e da colheita precoce foram levadas para o Vale dos Vinhedos para vinificação; e parte é de tintas (Merlot, Tempranillo, Cabernet Sauvignon e Tannat, entre outras). "A previsão é vinificar cerca de 600 mil litros nesta safra em Candiota", disse Miolo, acrescentando que 20 hectares entrarão na safra de 2008 e 30 ha estão sendo plantados para a safra de 2010.

Os primeiros vinhos do complexo de Candiota chegam ao mercado ainda no primeiro semestre, elaborados com uvas brancas. Já os tintos jovens, como o Tannat e o Tempranillo, estão previstos para o último quadrimestre. "Ainda no segundo semestre vamos lançar uma variedade nova, a Viognier."

Na unidade do Vale dos Vinhedos, a Miolo está operando quase no limite, com produção de 4,5 milhões de litros no ano passado. "Temos uma folga de 20%", observou Miolo. No ano passado, as receitas chegaram a R$ 60 milhões, ante os de R$ 55 milhões em 2005. Para 2007, a estimativa é alcançar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões, basicamente, em virtude dos projetos internacionais, como o Viasul Wine Group, uma joint venture com a chilena Via Wines.

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