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Mal-das-sete-voltas

Antracnose das folhas e dos frutos (Colletotrichum gloeosporioides f. sp. cepae) Culturas Afetadas: Alho, Cebola, Chalota

Teleomorfo: Glomerella cingulata

Esta doença, que ocorre em plantações de cebola desde a fase de canteiro até a colheita e armazenamento dos bulbos, é de grande importância em várias regiões produtoras do Brasil. Embora inicialmente considerada como uma doença tipicamente brasileira, tem sido descrita cm outros países, como a Nigéria, recebendo o nome de “twister” e causando perdas de produção da ordem de 50-100%.

No Brasil, o nome “mal-de-sete-voltas” costumava ser empregado para outras enfermidades como a podridão basal, causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cepae. Atualmente, a denominação tem sido quase que exclusivamente utilizada com referência à antracnose foliar. o que foi favorecido com a descrição do agente causal desta como sendo Colletotrichum gloeosporioides f. Sp. cepae evitando as controvérsias que ocorriam por ocasião das primeiras constatações da doença em nosso país.

Danos: Em canteiros de mudas, a doença manifesta-se sob a forma de tombamento (“damping-off”), mela ou estiolamento. Mesmo antes da emergência, as modinhas podem apodrecer, ficando recobertas por uma massa rosada de esporos do longo.

No campo, onde a doença caracteristicamente distribui-se em reboleiras, os sintomas mais comuns são enrolamento, curvatura e amarelecimento de folhas. Ocorre alongamento e rigidez na região do pescoço das plantas, onde pode-se verificar grande abundância de pontuações pretas, constituídas de acérvulos do patógeno. Nas folhas, aparecem lesões alongadas, deprimidas, de coloração parda, dentro das quais também se formam numerosos acérvulos. normalmente distribuídos em círculos concêntricos. Estas lesões podem crescer e coalescer, provocando a morte das folhas, que caem e deixam o talo nu, resultando na produção de bulbos pequenos e que apodrecem rapidamente durante o armazenamento. A partir dos acérvulos, em condições de muita umidade, são liberadas massas gelatinosas de coloração rosada ou alaranjada, que contem os esporos do fungo.

Controle: O controle desta doença nas nossas condições é baseado principalmente na aplicação de fungicidas. Com relação à utilização de materiais resistentes, vários testes têm sido feitos para identificar esta característica em diferentes populações. Para cebolas de ciclo de dias curtos, verificou-se que o cultivar Barreiro é uma boa fonte de resistência, e alguns de seus híbridos com Baia Periforme, como Pira Ouro, Pira Lopes e Pira Tropical apresentam algum nível de resistência. Variação no índice de resistência de diferentes materiais também parece ocorrer em populações de cebolas de ciclos de dias longos. Não há, entretanto, nenhuma variedade comercial totalmente resistente ao patógeno.

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