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Mancha púrpura

(Alternaria porri) Culturas Afetadas: Alho, Alho-poró, Cebola, Cebolinha, Chalota, Todas as culturas com ocorrência do alvo biológico

Esta doença ocorre em todas as regiões onde se cultivam alho e cebola, sendo mais severa em áreas com clima úmido e quente. No Brasil é uma das mais importantes doenças destas duas culturas, causando danos à produção e conservação de bulbos, bem como à produção de sementes de cebola. Recebe também os nomes de queima das folhas, crestamento e pinta.

Danos: Os primeiros sintomas aparecem caracteristicamente nas folhas (alho e cebola) e nas hastes florais (cebola), sob a forma de pequenas pontuações (2-3 mm), de aparência aquosa e formato irregular, que logo desenvolvem um centro esbranquiçado, tornam-se maiores e adquirem uma coloração púrpura. Em condições de alta umidade, a superfície das lesões cobre-se com anéis concêntricos de coloração marrom a cinza-escuro, correspondentes à frutificação do fungo. As lesões podem coalescer, levando à murcha e enrugamento das folhas muito afetadas, a partir do ápice. Folhas novas podem também ser destruídas, o que resulta na produção de bulbos pequenos.

O ataque às hastes florais e inflorescências de cebola impede a formação de sementes ou, quando as mesmas chegam a ser produzidas, são chochas e enrugadas. Muitas vezes, este tipo de infecção provoca uma quebra da haste na região da mancha, devido ao peso da inflorescência.

Sintomas nos bulbos, que podem eventualmente ser atacados por ocasião da colheita, ocorrem sob a forma de uma podridão semi-aquosa e enrugamento das escamas frescas do bulbo. Inicialmente, os tecidos afetados, em função de um pigmento liberado pelo fungo que se difunde pelas escamas, têm uma coloração amarelada, tornando-se avermelhados com o passar do tempo. Com o desenvolvimento do micélio do fungo sobre os bulbos afetados, estes adquirem uma coloração marrom-escura a preta. Freqüentemente, apenas algumas escamas mais externas são afetadas pelo patógeno mas, algumas vezes, o ataque abrange o bulbo inteiro.

Controle: A utilização de variedades resistentes é uma das medidas de controle indicadas para esta doença. As variedades Roxas do Barreiro, Precoce Piracicaba, Monte Alegre e Baia Periforme, de cebola, assim como Chonan, Roxo-Pérola de Caçador e Centenário, de alho, mostram-se mais resistentes. Rotações de cultura e práticas que reduzam as horas de molhamento foliar, como boa drenagem do solo e menor densidade de plantas, são recomendadas para o controle da doença. Aplicações de fungicidas à base de mancozeb, iprodione, chlorothalonil e vinclozoline são efetivas no controle da doença, devendo-se tomar cuidado com o surgimento de resistência na população do patógeno, não baseando o controle em um único fungicida.

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