EUA: Nova Iorque teve aplicações aéreas contra mosquitos
Operações ocorreram entre junho e agosto, abrangendo uso de larvicidas biológicos nos bairros Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island
Até o mês de agosto, o Departamento de Saúde da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, realizou pelo menos três grandes operações de aplicações aéreas de larvicidas para o combate a mosquitos em 2025. O trabalho foi preventivo, abrangendo quatro bairros da cidade – Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island. Isso em três rodadas mensais de aplicações, feitas a partir de junho em áreas úmidas da cidade. As operações ocorreram em complemento ao trabalho de caminhões que aplicaram inseticidas pelas ruas nova-iorquinas.
O foco das autoridades foi evitar a proliferação de insetos transmissores do vírus do Nilo Ocidental. Neste caso, uma doença que pode ir desde casos leves com febre passageira, até situações severas, atingindo o sistema nervoso central ou periférico das pessoas infectadas.
O governo local também replicou as orientações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças estadunidenses (CDC, na sigla em inglês), explicando a segurança das operações aéreas para prevenir doenças na cidade. O órgão ligado ao Departamento de Saúde do país destacou, em agosto, que o trabalho pode ser feito também com inseticidas para insetos adultos e que os produtos são autorizados tanto pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana.
AERONAVE: helicóptero foi a aeronave escolhida para os diversos voos de aplicação sobre áreas úmidas em bairros nova-iorquinos – ilustração: aeronave do Controle de Mosquitos de Minesotta sobre os mapas das operações em Nova Iorque
PREVENÇÃO
O material lista ainda uma série de pesquisas científicas que atestam a eficiência e a segurança das ferramentas aéreas nesse tipo de operação em cidades. Operações deste tipo se repetem em Nova Iorque sempre que as estações quentes chegam ao Hemisfério Norte, podendo ocorrer entre abril e outubro.
“Embora a maioria dos mosquitos em toda a cidade não carregue doenças, ainda é essencial manter os nova-iorquinos a salvo de quaisquer moléstias transmitidas pelos insetos. Durante todo o verão, o Departamento de Saúde realizará eventos de controle de mosquitos para que os nova-iorquinos possam aproveitar seu tempo ao ar livre ”, destacou comissária interina de Saúde de Nova Iorque, Michelle Morse – no comunicado de imprensa divulgado pela prefeitura.
Diferenças lá e cá
O combate aéreo a mosquitos faz parte das estratégias governamentais de Saúde nos Estados Unidos pelo menos desde a década de 1940. A exemplo, aliás, das operações que ocorreram nesta segunda-feira (5), em sete condados do Estado de Minesotta, no centro-oeste norte-americano. Lembrando que as aplicações aéreas são usadas também na prevenção à proliferação de insetos após desastres naturais como furacões.
A técnica é usada ainda inclusive em países da Europa. E teve também exemplos de sucesso no Brasil, em 1975, sendo incluída, finalmente, na Lei Federal 13.301/16, que recebeu aval inclusive do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2020 reconheceu a constitucionalidade da medida. O assunto chegou a ser tema de uma reportagem especial na Edição nº5 da revista Aviação Agrícola, com 24 páginas (da 16 à 39) abrangendo desde a decisão do STF até a história e cenário do uso da ferramenta no Brasil no mundo. Além disso, a entidade aeroagrícola brasileira lançou em 2024 um material listando os fatos e mitos sobre a técnica – acessível clicando AQUI.