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Produção e suprimento mundial de feijão


Climaco Cezar de Souza
Diagnóstico produzido, exclusivamente, para os leitores do Agrolink

Introdução

O feijão seco, ou favas secas, têm uma ampla variedade de classes de mercado no Mundo, incluindo feijão navy = branco, feijão pinto e feijão preto. Esses grãos, embora diferindo no tamanho e na coloração da semente, são todos apenas diferentes tipos de uma única espécie, “Phaseolus vulgaris L”. originalmente domesticada na América Central e do Sul mais de 7.000 anos atrás.

Trata-se da mais importante leguminosa alimenticia para o consumo humano direto, com mais de 23 milhões de hectares cultivados em todo o Mundo.

Os principais gêneros são: 1) Phaseolus; 2) Glycine (soja); 3) Vicia; 4) Vigna; 5) Cicer; 6) Pisum; 7) Lathyrus; 8) Lens (lentilhas); 9) Lablab (labe labe); 10) Cajanus (andu ou guandu); 11) Stizolobium; 12) Cyamopsis; 13) Canavalia; 14) Macrotyloma; 15) Lupinus; 16) Erythrina.

No Mundo, há mais de 40 mil variedades (espécies) de feijão, mas apenas pequena parte é comestível.

Entre seus diversos nomes, e em diversos idiomas, o feijão absorve diferentes características e formas de preparo, levando a certas confusões quanto a sua real determinação como genero alimentício fundamental (sobretudo para perdas de peso e controle do colesterol/triglicérides e pressão sanguinea, como se verá). Em inglês é conhecido como “dry beans” (feijão seco) ou mesmo como “edible beans” (feijões comestíveis) e ai se confunde com a Soja (também uma leguminosa comestivel = edible bean). Em muitos locais, também se confunde com a fava seca (ou legume), assim como o nosso feijão macacar (também conhecido como vigna ou caupi, aqui do inglês cow-pea) e também conhecido em inglês até como “pulses” ou “vegetables”(legumes). Já em espanhol, o feijão tem diversas denominações segundo o País, as especies cultivadas e as formas de usos, podendo ser chamado de “frijol”, “porotos”, “habichuela” etc..

Contudo, neste diagnostico, iremos separar melhor em duas formas mais conhecidas e com mais dados confiáveis: 1) feijão seco (“dry beans”) - o mais cultivado e consumido no Mundo, sendo a maioria do gênero “phaseolus”; 2) feijão verde (“green beans” ou “wet beans”), consumido ainda na vagem ou após a sua debulhagem e o mais produzido e consumido na China e também em parte do Brasil onde é chamado de macassar (lembrando que as estatísticas brasileiras somam apenas estes dois tipos) e também de “fava” ou “feijão-fava” (embora uma outra espécie, mas que também é um feijão comestível).

Também é importante lembrar que por serem leguminosas, os feijões podem se associar com bactérias do Gênero Rhizobia e, assim, serem usados como grandes recuperadores de solo pela característica de retirada de grandes volumes de nitrogênio do ar e sua fixação nos solos (neste caso, temos alguns tipos de feijão - não-alimentícios (“non edible beans”) e até um pouco tóxicos para os humanos, mas que são campões nesta fixação, como a “mucuna”, também conhecido no Brasil como “feijão mucuna”).

Em muitos países, o consumo é elevado e atinge 66 kg/pessoa/ano, sendo o segundo mais importante fonte de calorias após milho.

Também milhões de pequenos agricultores da América Latina e da África contam, além do consumo próprio, com a sua produção e venda de grãos como uma importante fonte de renda familiar. No entanto, na África Sub-saariana ea África, a produção de feijão típicos, representam apenas 20% a 30% do potencial genético de variedades melhoradas, devido aos maiores riscos de produção, como pragas, doenças e secas, que - devido às alterações climáticas - estão aumentando em gravidade e frequência na região.
Consumo de Feijão no Mundo

Certamente, o Consumo Mundial de feijão deverá receber cada vez mais atenção dos consumidores, pelos aspectos de promoção da saúde. Os feijões estão bem posicionados dentro do futuro mercado grande consumidor de produtos saudáveis e nutracêuticos, possuindo, geralmente, muitos atributos procurados, em especial pelos mais jovens, incluindo: 1) valor econômico positivo (maior beneficio/custo para os consumidores); 2) opções de refeições simples, altamente protéica e mineralizada e pouco calórica; 3) alto teor de fibra nos grãos integrais; 4) pouco ou nada de prejuizos ambientais aos solos e biomas, sendo, ao contrário, um cultivo nutrificante dos solos, isto é, reparador de solos degradados e até contaminados por alguns insetos ou pragas.

Fatores positivos para o maior consumo futuro, segundo estudos nos EUA:

1)Estudos recentes provam que o maior consumo de feijão está associado a redução dos distúrbios cardio-vasculares, protegendo muito bem o coração;

2)Pessoas que comeram feijão por 4 ou mais vezes por semana tiveram uma redução de 22% no risco de desenvolverem doenças coronárias;

3)O consumo regular de feijão está diretamente associado com a redução da fome, com o controle do apetite voraz e com o menor peso corporal;

4)O consumo frequente de feijão vem sendo associado a reduções seguidas dos níveis de triglicérides, do coletestol LDL e da pressão sanguinea;

5)A dieta com feijão verde ou com maior teor de fibras está associada diretamente com a redução das inflamações, sobretudo intestinais;

O feijão nos EUA, mesmo com todos os benefícios alimentícios descritos, custava muito menos no varejo do que os principais alimentos animais.

Em janeiro/2012, no varejo dos EUA, numa analise comparada de preços do feijão com alimentos animais com volumes e teor proteico semelhantes, tivemos:

1) O feijão seco e cozido custava US$ 0,12 por cerca de 85 gramas (meia xícara);
2) O feijão enlatado custava US$ 0,36 por cerca de 85 gramas (meia xícara drenada);
3) Um ovo grande tipo A valia US$ 0,16/ud;
4) Um pedação de peito de frango sem pele com 85 gramas custava US$ 0,58;
5) Uma porção de carne moida bovina, 90% magra e com 85 gramas (3 onças) custava US$ 0,72;
6) Uma porção de costeleta de porco, sem osso e com 85 gramas US$ 0,74;
7) Uma porção de Carne bovina com 85 gramas (assada, da melhor qualidade e sem osso) custava US$ 0,86.

Segundo estudos do mesmo USDA/ERS, uma família norte-americana com 4 pessoas que optasse por consumir feijão no lugar da carne bovina moída, somente uma vez por semana e durante um ano, poderia economizar US$ 130, além de ganhar muito em saúde (considerando-se que a carne moída bovina, 90% magra, custava US$ 3,99/454 gramas (01 pound) e que 01 kg de feijão pinto valia US$ 1,49).

Vejamos algumas formas e nomes dos principais pratos na culinária à base de feijão nos países maiores consumidores:

1) México: a) Frijoles Refritos (Refried Beans); b) Frijoles Charros (Cowboy Beans); c) Frijoles Negros a la Oaxaqueña (Oaxacan Black Beans);
2) Brasil: a) Feijoada, o prato nacional do Brasil; b) Feijão com Leite de Coco (acarajé); c) Feijão em Salada (em alguns locais, feijão macassar com manteiga de garrafa);
3) Chile: a) Chilean Porotos Granados;
4) Colômbia: a) Colombian Frijoles Rojos;
5) Peru: a) Peruvian Tacu-tacu;
6) Venezuela: a) Venezuelan Arepa de Pabellon;
7) França: a) French Cassoulet (no Brasil conhecido como caçulé e a base de feijão branco);
8) Italia: a) Italian Minestrone (sopa de feijão);
9) Turquia: a) Tuscan Ribollita;
10) Espanha: a) Spanish Fabada; b) Spanish Tapas (as famosas “tapas”); c) Greek Gigantes;
11) India: a) Simple Rajmah; b) Rajmah Chaawal;
12) Cuba: a) Cuban Frijoles Negros;
13) Porto Rico: a) Puerto Rican Habichuelas;
14) EUA: a) Succotash; b) Boston Baked Beans; c) Louisiana Red Beans & Rice (nosso popular “casadinho” ou “baião de dois”). Cerca de 44% do consumo é de feijão Pinto.
Área, Produção e Produtividade Média Mundial e nos 20 principais Países -

O feijão é um alimento muito importante para a alimentação sadia, altamente protéica e muito barata de mais de 300,0 milhões de pessoas do Mundo, que moram, principalmente, nas áreas tropicais e subtropicais.

Mais de 200,0 milhões de pessoas de 24 países da África, principalmente subsaariana, dependem totalmente do feijão diário. Em muitas áreas, o consumo atinge 66 kg/pessoa/ano, sendo o segundo item mais importante no fornecimento de calorias totais diárias, somente superado pelos derivados de milho.

A América latina é o maior produtor mundial com 5,5 milhões de toneladas/ano, liderados pelo Brasil e pelo México. A África é a segundo maior produtor com 2,5 milhões de t, lideradas por Uganda, Quênia, Ruanda, Burundi, Tanzânia e Congo. A Índia, a China e a Indonésia também são grandes produtores, mas, principalmente de “feijão verde” (tipo o macassar do Brasil).

A produção Mundial vem ampliando, embora lentamente e exatamente pela falta de sementes melhoradas e de tecnologias adequadas de cultivo (grão de pobres e famintos), como a irrigação, hidroponia etc.. A produtividade média obtida está, praticamente, estacionada há anos.

No Mundo, produziu-se, em 2010, um total de 40,1 milhoes de t de feijão, sendo 23, 0 milhões de t de feijão seco e mais 17,1 milhões de t. de feijão verde. No feijão seco destaca-se o Brazil, India, EUA; no feijão verde, a China e na maioria dos demais países produz-se um pouco de ambos.

Em 2010, a Produção Mundial somente de feijão verde (“Gren beans”) atingiu 17,65 milhões de t., liderada pela China com 73,8% do total, ou 13,03 milhões de t. A Área Colhida Mundial atingiu 15,1 milhão de hectares, signficando que a Produtividade média dos países foi de 1,17 toneladas/hectare.
 

A Índia liderou a Produção Mundial de Feijão Seco em 2011, seguida por Mianmar e com o Brasil em terceiro lugar e a China em quarto. A Produção em Mianmar vem ampliando bastante a cada ano e no Brasil está lenta.

O mais interessante é que no Brasil difunde-se o conceito de que o consumo de feijão estacionou ou não vem ampliando (baixa elasticidade-renda da demanda), devido à maior renda e mudanças de classe social da população, o que leva a mudança de consumo para outros itens (sobretudo carnes, lácteos e massas). Contudo, isto precisa ser mais bem investigado no Brasil, pois a produção e, certamente, o consumo de feijão estão ampliando na Ásia, exatamente onde o PIB mundial mais cresce ano a ano no Mundo e também o PIB “per capita” anual, principalmente, na China e na Índia.
 
No Brasil, ao contrário da Índia e de Mianmar, as áreas anuais vêm reduzindo, indicando que a produtividade média obtida está ampliando.
 
Alguns países da Europa e Oriente Médio/Arábia, que cultivam feijão irrigado e hidropônico, conseguem altas produtividades médias.
Cultivo e Suprimento de Feijão nos EUA

Produção

Nos EUA, o feijão mudou seu caminho para o norte, através do México e se espalhou na maior parte dos EUA continental. Estes grãos são comumente cultivados juntos ou após o milho, ou com aboboras e às vezes solteiros (boa parte da variedade “Pinto”). Aliás, quem não se lembra dos antigos filmes de “far-west” e em que o feijão era a comida principal, inclusive enlatados (“dans pinto beans”). Vide: http://beaninstitute.com/health-benefits/nutritional-value-of-dry-beans/

Em 2007, as variedades mais plantadas foram: 1) Pinto com 42%; 2) Feijão branco navy ou pea com 17%; 3) Feijão Preto com 11%; 4) Feijão “Great Northern” com 5% e 5) Feijão Garbanzo (com grandes vagens) com 5%.

Segundo o Censo de 2007, 6.236 fazendas produziram feijão seco em cerca de 700 mil hectares, sendo 24% sob irrigação. Cerca de 25% das areas irrigáveis de Dakota do Norte e de Nebraska produziam feijões secos. O valor das vendas para consumos locais foi estimado em US$ 2,0 bilhões e o Valor Bruto da produção em US$ 759 milhoes na média de 2006-2008.

Em 2007, Dakota do Norte produziu 38% do total; Michigan, 14%; Nebraska, 11%: Minnesota, 10% e Idaho, 7%). Dakota do norte é especializado em feijão cores pinto (60% do total do estado) e branco (38%) e Michigan em feijão preto (45%) e feijão branco (34%).

Em 2010, embora em área bem menor do que a soja e o milho (mais alimentos para animais), o feijão se destacou como importante alimento direto para humanos. A área colhida total dos EUA ampliou muito e foi de aproximadamente 1,0 milhão de hectares (a maior parte da variedade Pinto) e com preço final, relativamente elevado, variando entre US$ 12 a US$ 20 por bushel.

Consumo

Os americanos consomem feijão seco de muitas maneiras e, por vezes, usa diferentes variedades de formas semelhantes. Todas as variedades estão disponíveis na forma seca e em embalagens para o consumidor ou no “food service”. Produtos enlatados incluem feijões fritos, sopas, chilis e feijão. Farinha de feijão com alto teor protéico e até amido é utilizada em uma variedade de produtos de panificação. A utilização do feijão e produtos de feijão em restaurantes tem aumentado em importância, especialmente nos estabelecimentos que servem mexicana, tex-mex ou pratos cal-Mex.

Após atingir o pico durante 1941-1943 de 9,6 kg/pessoa/ano, ao longo dos últimos 40 anos, o consumo de feijão seco em cores reduziu para 5,5/kg durante 1978-1980 e, em seguida, ampliou para 7,7 kg durante 1992-1994. O consumo anual de feijão branco (navy e Great Northern, lima e pequenos branco) tem diminuído a cada década desde os anos 1960 e passou para menos de metade do que era na década de 1960.

Exportações

Cerca de 20% do feijão dos Estados Unidos são destinados para o mercado de exportação. A indústria de feijão dos EUA é mecanizada, relativamente eficiente e produz produtos de qualidade. Durante os primeiros nove anos da década de 2000, uma média de 19% da oferta de feijão EUA foi exportada anualmente.

Nos anos 2007-2008, as principais variedades exportadas foram “pinto” (27%), navy (branco PEA) com 19% e feijão preto com 12%. A maior parte das exportações de feijão seco confirura-se mais como ajuda alimentar dos EUA

Importações

Até esta década, os Estados Unidos não haviam importado grandes volumes de grãos secos. Antes de 2001, as importações de forma consistente representaram apenas 4% a 6% do consumo interno. No entanto, o volume de importação de feijão (excluindo para semente) saltou quase três vezes entre 1996-1998 e 2006-2008.

O valor das importações de feijão totalizou um recorde de US$ 141 milhoes em 2007/08, um aumento de 42% ante o ano anterior. O Volume de importação também atingiu o recorde de 160 mil t. (aumento de 16% ante o ano anterior).

As importações já representam cerca de 17% do consumo de feijão. Cerca de metade do volume de importação de feijão EUA tem origem no comércio transfronteiriço com o Canadá e o México. No entanto, a China tornou-se o segundo principal fornecedor de feijão para os Estados Unidos, sendo responsável por 23% do volume em 2007/08, acima dos 10% da década anterior. O feijão preto (40% do volume) e o feijão verde (26%) foram responsáveis pela maioria das importações da China em 2007/08.

Brasil - Valor Bruto da Produção

O Valor Bruto da Produção de Feijão ampliou muito entre 2005 e 2013 mais em função dos melhores preços de venda alcançados do que de incrementos da produção (que na verdade reduziu muito após 2011). Em 2013, O VBP deve alcançar R$ 8,4 bilhões, liderado pelo Sul, Sudeste e Nordeste. Notem que PR (feijão de sequeiro), MG (feijão de sequeiro + feijão irrigado) e GO (feijão irrigado) lideram no Centro Sul e BA (feijão de sequeiro + feijão irrigado) e CE (feijão de sequeiro do tipo macassar) no Nordeste. 

Brasil - Evolução do Quadro de Suprimento

Segundo a CONAB, os estoques totais devem reduzir, progressivamente, para apenas 166,8 mil toneladas no final de dezembro/2013 (ante 373,8 mil no final de 2012) e isto mesmo com o consumo total reduzindo de 3.500 mil t em 2012 para 3.400 mil t em 2013 (ainda igual a 283,3mil t. por mês).

No Brasil, difundiu-se o conceito de que o consumo de feijão estacionou ou não vem ampliando (baixa elasticidade-renda da demanda), devido à maior renda e às mudanças de classe social da população, o que leva a mudança de consumo para outros itens mais caros (sobretudo carnes, lácteos e massas). Contudo, isto precisa ser mais bem investigado, pois, ao contrário do divulgado no Brasil, a produção e certamente o consumo de feijão estão muito ampliando na Ásia, exatamente onde o PIB mundial mais cresce e também o PIB “per capita”, principalmente, na China e na Índia. No Brasil, mesmo sendo item hoje considerado fundamental para a boa alimentação, e muito participativo na mesa dos mais pobres e famintos, o Consumo total de Feijão não amplia, talvez por certas rejeições dos mais jovens (desinformação e/ou má organização/desinteresse setorial) e pelos erros no preparo correto (desinformação e/ou grande domínio da cadeia por intermediários e outros interessados).
 

A menor oferta interna decorre da seguida redução da produção total por uma série de problemas climático-técnicos, quase que generalizados, nas duas ultimas safras (chuvas e pragas no Sul/Sudeste e seca severa no Nordeste). Na Safra 2012/13 (atual), a produção deve recuar para 2.843,0 mil t, ante 2.918,4 mil t na 2011/12 e 3.732,8 mil t na 2010/11.

Pior é que a segunda colheita 2012/13 (ora em cultivo/colheita e mais no PR, MG, SP, MT, GO e Nordeste) e a terceira colheita (ainda a plantar e de forma irrigada no Centro-Oeste, Sudeste e Bahia) não devem reagir como se contava, sendo que, a cada mês, a CONAB reduz as previsões de suas colheitas. Como é uma cultura de ciclo muito rápido, em geral, os elevados preços de venda de uma colheita muito incentivam o plantio da colheita seguinte na mesma safra, isto é, compensando e mantendo a oferta quase constante, mas o que não ocorrerá nesta Safra. A primeira colheita 2012/13 (no Sul e Sudeste) já foi realizada e é a que está no mercado, mas com preços em forte elevação, pois ela teve redução de -20,3% ante o volume colhido em mesma época da Safra 2011/12.

Com os estoques públicos - em baixos níveis e “zerando” -, no período de agosto a novembro, o mercado poderia ser abastecido pela oferta de parte da 2ª colheita e integralmente da 3ª (como ocorre todos os anos). Contudo, mesmo com os preços bastantes remuneradores atuais, não se esperam que os pivôs e outros sistemas de irrigação do Centro-Oeste, Sudeste e da Bahia se dediquem muito ao feijão nos próximos meses, pois há culturas concorrentes com menores riscos e também altamente lucrativas (milho verde para conservas, batata inglesa, tomate para conservas, soja semente, milho semente etc..).

Também, o cultivo de feijão irrigado vem sendo atacado intensamente a cada ano pela “mosca branca” um praga de difícil e caro controle (alto risco de perdas). Por outro lado, uma nova praga vinda do algodão e soja (“helicoverpa”), de difícil e caro controle, tende a atacar o feijão nesta próxima safra irrigada. Estas duas pragas já atuam intensamente desde o plantio da segunda colheita e derrubando a produtividade e as ofertas locais.
 
 
  
  
 

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