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Manejo e proteção do solo para produção agropecuária sustentável


Antonio Mauro Rodrigues Cadorin
Desde os tempo remotos que o a humanidade tem buscado solos com alta fertilidade para se estabelecer, muito especialmente a partir do momento em que o homem verifica que o potencial produtivo natural do ambiente começa apresentar sinais de redução da oferta de alimentos (caça, pesca, frutas,...) associado ao incremento da população. Surge neste momento sob o ponto de vista sociológico, com cronologias diferenciadas para cada civilização a agricultura (ou agropecuária). Quando então temos a relação mais direta do homem com o solo, as plantas, os animais, em fim como o ambiente e sua potencialidades. Nesta contexto destacamos os solos os quais a natureza nas sabias mãos do “Grande Arquiteto do Universo”, tem atuado diversos componentes naturais na sua formação resultando então solos de alta, média e baixa fertilidade para a atividade agrícola influenciando de forma direta com o potencial de produção das culturas.

 
Com a expansão da nossa agricultura, redução de nossas fronteiras agrícolas que no caso brasileiro ainda são vastas, temos que o homem passa a ter uma relação mais equilibrada com o uso e o manejo dos solos agrícolas, tendo como objetivo a sua exploração buscando a sua proteção para se obter máximas produtividades (colheitas) dentro de uma visão sustentável, ou seja, com a visão de que este deverá manter o seu potencial produtivo para gerações futuras. Dentro da premissa do Grande Chefe Índio que sob a força da colonização da terras dos EUA resolve mandar uma carta ao Presidente dos Estados Unidos onde destaca que a terra (solo) é um bem que tomamos emprestada de nossos netos, estando inserido neste pensamento a visão de curto, médio e longo prazo para a sua preservação. Pois como já mencionamos o processo de imtemperização do solo, que resulta da rocha mais resíduos orgânicos, se estima que a natureza possa gastar algo em torno de 300 a 500 anos para a construção de apenas um centímetro de solo, camada esta que pode ser facilmente arrastada com o manejo inadequado. Esta força de transporte do solo de seu local de origem (gênesis), em nossas condições via de regra, é causada pela água da chuva via erosão hídrica, somada a alguns fatores importantes neste processo, tais como: falta de cobertura viva ou morta no solo, extensão das rampas, inclinação do solo, textura do solo, movimentação do solo, forma de cultivo, equipamentos de manejo de solo, cultivos, tipos de culturas, capacidade de uso do solo, entre outros aspectos.

Nas condições da nossa região (Médio Alto Uruguai) temos uma predominância de solos que apresentam como característica geológica o fato de serem classificados como “solos jovens”, ou seja, a ação da natureza na formação destes solos a partir da rocha matriz e recente e resulta invariavelmente em solos com um perfil raso (ver figura), caracterizado como uma pequena camada de solo arável sob a rocha (pedras). Muito comum nestas condições é termos o afloramento de pedras e mesmo de rochas que somado a condição de topografia, falta de cobertura de solo, monocultura, cultivo intensivo, uso do solo além de sua capacidade produtiva,... Conduz este valioso ecossistema que apresenta um componente químico, físico e biológico extremamente complexo, ao empobrecimento, muitas vezes de forma irreversível. Neste contexto devemos orientar as nossas ações em relação ao uso e ao manejo do solo incluindo sempre prática indispensáveis tais como: adequação do uso dos solos de acordo com o seu potencial produtivo, rotação de culturas, cobertura do solo, semeadura direta na palha, cultivo em nível, conservação integrada em bacias hidrográficas, ...


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