CI

De acordo com as estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) há grande expectativa no mercad...


De acordo com as estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) há grande expectativa no mercado cafeeiro, pois existe interesse por parte dos produtores em segurar a produção para comercializá-la no final do ano, gerando redução de oferta e pressionando o crescimento nos preços. As cotações internacionais subiram significativamente nas últimas semanas e o mercado interno continua pressionado. A justificativa para este cenário é a valorização do real frente ao dólar que resulta numa depreciação do preço pago aos produtores pela saca de café, além de o produtor reter a mercadoria à espera de melhores preços. Para os importadores, o preço da saca é considerado alto, dificultando a relação entre os dois mercados. Os representantes do governo brasileiro anunciaram que o País deve encerrar a safra 2005/06 com um dos mais baixos estoques de café das últimas décadas. As exportações deverão atingir 27 milhões de sacas e o consumo interno 15 milhões, totalizando demanda de 42 milhões de sacas. Os estoques governamentais estão se reduzindo e os privados deverão se comprimir muito para completar o quadro de demanda. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 1,6 milhão de sacas de café verde, o que corresponde a uma queda de 23% em comparação ao mês anterior. No caso do café solúvel, os embarques chegaram a 249 mil sacas, declínio de 15% em relação a agosto e 2% ao mesmo período do ano anterior. O embarque total acumulado entre janeiro e setembro chegou a 19,3 milhões de sacas, entre verde e solúvel, apresentando incremento de 3% em relação a igual período de 2004. Na BM&F, as cotações dos contratos futuros encerraram-se, em 24 de outubro, em US$126,95/saca para dezembro/05; US$129,70/saca para março/06; US$130,70/saca para maio/06; US$129,90/saca para julho/06; US$128,00/saca para setembro/06; e US$129,80/saca para vencimento dezembro/06, como mostra o Gráfico 1. Na Bolsa de Nova Iorque (Nybot), as cotações de fechamento de 24 de outubro foram: US$¢103,15/lp para dezembro/05; US$¢106,25/lp para março/06; US$¢107,95/lp para maio/06; US$¢109,50/lp para julho/06; US$¢110,70/lp para setembro/06; e US$¢112,95 para dezembro/06. A volatilidade diária do contrato futuro de vencimento março/06, negociado na BM&F, situou-se entre o mínimo de 1,08% ao dia, em 5 de outubro, e o máximo de 2,40% ao dia, em 28 de setembro. A volatilidade diária oscilou muito em outubro, como mostra o Gráfico 2
(Ver gráficos, tabelas e outras informações no arquivo que se encontra em anexo no link no rodapé da página), devido principalmente às variações do câmbio e indefinições de comercialização pela cadeia produtiva do café. O Gráfico 3 (Ver gráficos, tabelas e outras informações no arquivo que se encontra em anexo no link no rodapé da página), mostra o comportamento do diferencial de preços entre o contrato futuro negociado em Nova Iorque e o preço FOB (free on board), do café tipo Swedish 3/4 – MTGB, comercializado no porto de Santos. Nota-se uma manutenção do diferencial, muito embora se perceba um recuo na oferta de café nos portos de Santos e Vitória. Em 24 de outubro, o volume certificado de café pelo departamento de classificação da BM&F era de 273.500 sacas, apresentando decréscimo de 4,6%, comparado com o final do mês de setembro. O volume de contratos em aberto do vencimento março/05 era de 9.927 lotes, ou seja, 992.700 sacas, representando um volume bem superior ao estoque classificado. No mercado físico, o café bica corrida tipo 6 fechou cotado a R$265,00/saca, base sul de Minas, com acréscimo de 1,9% em relação ao mês anterior, e o bica tipo 7 a R$180,00/saca, base Vitória. Em setembro/05 foram negociados 43.385 contratos, o que significou um recuo de 24,4% se comparado aos 57.410 contratos realizados em agosto. O volume de contratos futuros de café acumulados até o final de setembro foi de 352.746 contratos, equivalente a pouco mais de 35 milhões de sacas de café arábica, ou seja, mais de 45% da safra de café arábica desse ano. A diminuição dos contratos futuros de café arábica deve-se ao declínio da safra colhida nesse ano e da fraca intenção do produtor de comercializar o café.
(Ver gráficos, tabelas e outras informações no arquivo que se encontra em anexo no link no rodapé da página)
Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.

2b98f7e1-9590-46d7-af32-2c8a921a53c7