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Infocafé de 08/11/19

A moeda norte-americana subiu 1,82%, cotado a R$ 4,1660


A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta, a posição março oscilou entre a mínima de -0,80 pontos e máxima +0,70 fechando com +0,35 acumulando na semana +5,30 pts.

A moeda norte-americana subiu 1,82%, cotado a R$ 4,1660. Na semana, o avanço foi de 4,31% - a maior alta semanal em mais de um ano.

 A projeção da Euromonitor é que o consumo total de café no Brasil em 2019 seja de 1,2 milhão de toneladas (20 milhões de sacas de 60 kg), aproximadamente 2,5% a mais do que em 2018, e que o País se mantenha na liderança em consumo de café quente (se incluído o café gelado, os Estados Unidos se tornam maior consumidor global).

A estimativa da consultoria é de que cada brasileiro consuma, em média, 890 xícaras no ano, e que em 2024, o volume ultrapasse as 1.000 xícaras anuais. Para a gerente de Pesquisa Brasil da Euromonitor, Angelica Salado, 2021 deve ser um ano de virada, e o setor começaria a crescer em torno de 3% a 3,5% ao ano no País. “Não parece tão alto, mas para o café, considerando o tamanho do mercado e a maturidade, 3% de crescimento é altíssimo”, afirmou ela em entrevista após palestra no 27º Encontro Nacional da Indústria do Café (Encafé), que ocorre na Ilha de Comandatuba, Bahia.

O consumo de café torrado e moído em 2019 no País deve ficar em 930 mil toneladas - 683 xícaras por brasileiro. De acordo com a Euromonitor, 79% do consumo de café no Brasil será do tipo torrado e moído, caindo para 77% em 2024. O café em grãos, em contrapartida, deve crescer para 213 mil toneladas, alcançando 18% do mercado, e é o que mais teria espaço para avançar. Já as cápsulas, que já foram as queridinhas do mercado, devem cair para 12 mil toneladas consumidas no País no ano, ou nove xícaras por ano por pessoa, o equivalente a 1,1% do mercado.

"O problema de cápsula foi o modelo de negócios. Temos costume de fazer promoção com a máquina e dar uma quantidade de cápsula grande para o consumidor", disse Angelica. "Então ele demora para consumir todas as cápsulas que ganhou de graça e, depois, não tem o mesmo ânimo para comprar mais, porque perdeu o fator novidade." Já o café solúvel deve ter alta para 27 mil toneladas consumidas no ano, ou 41 xícaras por brasileiro, totalizando 2,5% do mercado. O consultor para bebidas da Euromonitor, Matthew Barry, que também palestrou, afirmou que o que deve impulsionar o crescimento do setor no Brasil é o ganho de preço, e não o aumento do volume produzido.

"Países em que o preço lidera o crescimento do setor têm características em comum: o consumo por capita já é alto e não tem muito para onde aumentar, a população cresce pouco, e há interesse em maior qualidade", disse ele durante sua apresentação. Outros países que devem crescer usando aumento de preço são Estados Unidos e nações europeias. Para o Brasil, Angelica afirmou que, mesmo com o cenário atual de margens apertadas das indústrias de café por causa da concorrência acirrada entre empresas, guerra de preços não é uma boa ideia. Para ela, o ideal é impor um diferencial ao produto e comunicar ao consumidor sem alterar o preço pedido.

"Durante a crise, praticamente a única empresa que cresceu no setor de energéticos foi a Red Bull, que manteve preços enquanto todos estavam reduzindo e afirmou que precisava cobrar aquilo para manter a qualidade", afirmou ela. Angelica listou três tendências que o setor deve monitorar: o consumo consciente; o “loner living” - tendência de lares com uma ou duas pessoas, que deve chegar a 40% dos lares brasileiros em 2024 -, que exige adequação de embalagens, por exemplo; e o desejo cada vez maior do consumidor de comprar com facilidade e rapidez, o que pode ser visto pelo aumento de “lojas de conveniência”, ou mini supermercados. "Isso já está até substituindo o food service e a cafeteria", disse a gerente. "Talvez isso exija investimentos diferentes porque são pontos de venda diferentes."

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