Milho sobe na B3 com atenção ao prêmio climático
Na B3, o contrato de novembro/25 fechou em R$ 68,35
Agrolink
- Leonardo Gottems
Na B3, o contrato de novembro/25 fechou em R$ 68,35 - Foto: USDA
O milho encerrou a segunda-feira em alta na B3, impulsionado por preocupações climáticas e pela valorização do grão em Chicago. Segundo a TF Agroeconômica, o movimento de compra foi sustentado pela lentidão nas negociações do mercado interno e pelo risco climático crescente, com previsão de um novembro chuvoso no Sul e seca no Centro-Oeste, o que atrasa o plantio da soja e, por consequência, a semeadura do milho-safrinha.
De acordo com o Cepea, é possível afirmar que os preços do milho seguem em avanço no mercado físico, sustentados pela retração de vendedores que priorizam o trabalho no campo e o desenvolvimento das lavouras. Muitos produtores têm segurado novos lotes à espera de valorizações adicionais, aproveitando a paridade de exportação favorável. As altas só não foram maiores porque parte dos consumidores vem utilizando estoques próprios, reduzindo a pressão por novas compras no curto prazo.
Na B3, o contrato de novembro/25 fechou em R$ 68,35, alta de R$ 0,35 no dia e R$ 0,44 na semana. O janeiro/26 subiu R$ 0,65, encerrando a R$ 72,09, e o março/26 fechou a R$ 74,02, com ganho de R$ 0,35 no dia e R$ 1,14 na semana. Já na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho também registrou valorização: dezembro subiu 0,64%, a US$ 434,25/bushel, e março avançou 0,51%, a US$ 446,25/bushel. O suporte veio de bons dados de exportação dos EUA, com embarques 34% maiores na semana e 64% acima do acumulado anual anterior, reforçando o otimismo no mercado internacional. As informações foram divulgadas nesta manhã de terça-feira, refletindo o mercado no dia anterior.