Soja sobe em Chicago: Entenda

O mercado internacional da soja iniciou a semana em alta, impulsionado pela expectativa positiva em torno da cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, marcada para quinta-feira. Segundo análise da TF Agroeconômica, investidores e operadores estão precificando o possível avanço nas negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, que podem destravar novas compras chinesas de soja americana.

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato de novembro subiu 2,45%, fechando a US$ 1.067,25 por bushel, enquanto o vencimento de janeiro avançou 2,31%, a US$ 1.085,00. O farelo de soja para dezembro registrou alta de 1,39%, cotado a US$ 298,2 por tonelada curta, e o óleo de soja também acompanhou o movimento, encerrando o dia com valorização de 0,99%, a US$ 50,77 por libra-peso. 

De acordo com declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, Pequim deve voltar a adquirir volumes “substanciais” de soja americana, o que poderia representar um alívio para o mercado, que enfrenta estoques elevados e margens de lucro comprimidas. Em 2024, a China comprou mais de US$ 12 bilhões em soja dos EUA, mas ainda não havia feito novas aquisições nesta temporada.

A principal dúvida agora é sobre a dimensão dessas compras. Analistas questionam se a China limitará as aquisições ao necessário para suprir a demanda até o final da colheita brasileira ou se repetirá o patamar de 22 milhões de toneladas registrado no ciclo anterior. A TF Agroeconômica lembra que, em situações passadas, como na retomada de 2018-2019, o ritmo de recompras foi gradual, condizente com o estilo estratégico chinês, e não imediato, como esperam os produtores americanos.