Trigo, soja e milho recuam com decisão argentina
No trigo, o CBOT para dezembro de 2025 fechou a US$ 519,50 (-3,00)
Agrolink
- Leonardo Gottems

Os preços do trigo, soja e milho apresentam tendência de baixa nos mercados internacionais nesta segunda-feira. Segundo a TF Agroeconômica, a decisão do governo argentino de zerar temporariamente os impostos de exportação sobre grãos tem pressionado os preços, acelerando vendas antecipadas antes do início da safra 2025/2026, que começa em outubro em áreas de colheita antecipada.
No trigo, o CBOT para dezembro de 2025 fechou a US$ 519,50 (-3,00), enquanto no Brasil o CEPEA registrou R$ 1.296,89 em Paraná (-3,18% no dia, -7,91% no mês) e R$ 1.256,83 no Rio Grande do Sul (-0,28% no dia, -2,11% no mês). O movimento reflete alta oferta global e demanda cautelosa, intensificada pelo anúncio argentino de redução de impostos.
A soja também iniciou a semana em baixa: o contrato de novembro de 2025 em Chicago fechou a US$ 1.019,25 (-6,25), e no Brasil, os preços caíram levemente em Paranaguá (R$ 139,33, -0,34% dia) e interior do Paraná (R$ 133,69, -0,37% dia). O mercado acompanha a evolução da colheita americana, o plantio brasileiro e a falta de compras chinesas, enquanto o governo argentino retirou todos os impostos de exportação sobre o complexo de soja por 30 dias, conforme o Decreto 682/2025.
O milho segue a mesma tendência, com Chicago registrando US$ 423,75 para dezembro de 2025 (-0,25) e B3 mostrando estabilidade, com leve alta no contrato de novembro (R$ 67,34, +0,07%). A TF Agroeconômica destaca que a isenção temporária de impostos na Argentina pode acelerar a liquidação de estoques, enquanto a colheita recorde nos EUA mantém a pressão baixista sobre os preços.