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Biotrigo recebe cerealistas para treinamento sobre qualidade em trigos e farinhas

Profissionais ouviram palestras sobre os fatores que influenciam a qualidade do trigo


Profissionais ouviram palestras sobre os fatores que influenciam a qualidade do trigo, desde a escolha da cultivar, até estratégias de segregação e uniformidade
 
Cerca de 40 profissionais das empresas associadas da Acergs (Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul) participaram de um treinamento nesta sexta-feira (15), na sede da Biotrigo Genética, em Passo Fundo/RS e na empresa Vicato Alimentos, em Sananduva/RS. A solicitação partiu da Acergs para que os associados possam melhor orientar seu agricultor, receber e processar o trigo de forma mais eficiente, classificar e segregar, e dar uma condição de produto diferenciado na hora de vender para os moageiros.

Segundo o diretor executivo da Acergs e do Sindiagro, Alceu Menegol, os associados precisam levar para suas empresas a ideia de que é necessário trabalhar com o trigo de forma a qualificar cada vez mais a produção no Estado. “Se fizermos um trabalho bem feito no começo chegaremos lá na frente com produtos que podem ser armazenados coletivamente e comercializados de forma mais vantajosa para todos os elos da cadeia”, disse.

São os consumidores finais que movimentam uma cadeia produtiva. Quando alguém vai ao mercado, busca produtos (pães, massas, biscoitos) que tem padrões de qualidade conhecidos. A indústria, por sua vez, busca farinhas de trigo com variações aceitáveis de qualidade ao longo do ano. Os moinhos precisam encontrar lotes de trigo compatíveis com o perfil de qualidade desses produtos e com as exigências destes clientes. E o armazenador, que está inserido nessa exigente cadeia produtiva, o que deve fazer? Segundo o Gerente de Novos Negócios da Biotrigo, Rodrigo Basso, a empresa trabalha com três pilares: produtividade, segurança e qualidade.

Mas uma coisa não é possível fazer sem os cerealistas: dar identidade ao trigo. “Essa identidade é muito importante para mostrar para o comprador do trigo, que é o cliente imediato, o que você tem para oferecer para ele”. A segregação tem como objetivo agrupar as cultivares compatíveis de acordo com suas características. “O primeiro passo para segregar em lotes é escolher a cultivar na hora de semear e buscar uma semente certificada. Ou seja, o ideal é atrelar a venda de semente ao recebimento dos grãos. Outra maneira é separar uma moega para destinar tudo aquilo que você não quer”, recomenda o engenheiro de alimentos. Por isso, é importante conhecer as necessidades dos possíveis compradores, os moinhos, além de levar em conta o nível de investimento da lavoura e o perfil do agricultor. “Precisamos de uma mudança de visão para entender e atender este mercado, e buscar liquidez com lotes segregados”, complementa Basso.

A Supervisora de Qualidade Industrial da Biotrigo Genética, Kênia Meneguzzi, falou sobre os diferentes parâmetros de qualidade, que variam de acordo com cada elo da cadeia e como a cultivar a ser plantada ganha relevância, já que precisa se enquadrar em várias características. Já a fiscal agropecuária do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Helena Pan Rugeri orientou os cerealistas sobre o Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes da Área Vegetal (PNCRC/Vegetal), que incentiva a adoção de boas práticas agrícolas para reduzir os resíduos de contaminantes em alimentos.
 
Manejo adequado para colher mais e melhor

Os manejos de fertilidade e de altas produtividades, a escolha consciente sobre a cultivar a ser semeada também são fatores que refletem na qualidade do produto final. Segundo Tiago de Pauli, engenheiro agrônomo e Supervisor Comercial da Biotrigo, o rendimento e a qualidade estão diretamente ligados ao manejo. "A partir do manejo, conseguimos incrementar mais rendimento e mais qualidade ao nosso trigo. Além disso, uma planta bem nutrida resiste mais forte às possíveis doenças”, explica. O agrônomo ainda falou sobre a relevância da correta aplicação de nitrogênio, controle fitossanitário e colheita. “Quanto mais conhecimento aplicarmos em cima de cada área, melhores resultados teremos de produtividade, qualidade, maior liquidez e comercialização de produto”.
 
A visão do moinho

Na parte da tarde os cerealistas se deslocaram até a Vicato Alimentos para entender a visão da indústria sobre trigos, qualidade de matérias-primas e das diferentes farinhas. O Supervisor de Qualidade da Vicato Alimentos, Enio Demartini, mostrou quais e como são os testes que determinam o perfil de uma farinha e suas possíveis aplicações. “Os consumidores são exigentes e não aceitam oscilação de qualidade”, relata.
 
Créditos fotos: Assessoria de Imprensa Biotrigo Genética
 

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