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Brushing: a técnica das sementes misteriosas da China

Produtores de todo Brasil receberam pacotes com sementes misteriosas vindas da China


Foto: Gabriel Zapella/Cidasc

Nas últimas semanas este é um dos assuntos mais abordados no meio agro. Pacotes com sementes misteriosas vindas da China para agricultores de vários estados sem que eles tenham socilitado. Os órgãos de agricultura e defesa alertaram que caso alguém recebesse essas sementes deveriam entregar imediatamente e não plantar. O perigo é a entrada de pragas, doenças e plantas daninhas desconhecidas que podem trazer grandes prejuízos para a agricultura brasileira. 

Na última semana, conforme o Portal Agrolink já noticiou, uma mulher cultivava uma planta oriunda dessas sementes em um balde na cidade de Maringá (PR). Amostras foram recolhidas e enviadas para testes no Ministério da Agricultura. 

VEJA: Sementes misteriosas da China foram plantadas no Paraná

Casos semelhantes de recebimento também aconteceram em países como Estados Unidos e Canadá. Por lá as análises detectaram 14 espécies entre alecrim, orégano, hibisco e outras flores e temperos. Em nota o Departamento de Agricultura dos EUA disse que o que se considerava um ataque fitossanitário na verdade é uma técnica chamada de brushing, ou uma estratégia para burlar o ranqueamento do e-commerce. Enviar sementes ou pequenas jóias junto com os pedidos de outros produtos geralmente levam o cliente a avaliar positivamente a compra e elevar o posicionamento do vendedor. A prática é muito usada pro grandes plataformas de vendas como as chinesas mais conhecidas e se configura em crime ao enganar o consumidor. 

Mapa reforça alerta

No Brasil ainda não se sabe se também foi brushing. O Mapa emitiu um alerta para que os cidadãos que receberem os pacotes não abram. O aviso é para sementes provindas de qualquer país que não tenham sido solicitadas. “O pacote não deve ser aberto ou descartado no lixo, a fim de evitar o contato das sementes com solo e prejuízos para as áreas agrícolas e o meio ambiente”, diz.

Para evitar o risco fitossanitário, o Mapa atua no controle do e-commerce internacional com equipe dedicada a fiscalizar e impedir a entrada de material sem importação autorizada no país. O cidadão que recebeu ou plantou não sofrerá penalidades mas devera comunicar o órgão competente. “O Ministério da Agricultura reforça para os riscos de se adquirir sementes de origem para os quais o Brasil ainda não tenha estabelecido os requisitos fitossanitários e que não estejam amparado pela certificação fitossanitária emitida pela autoridade fitossanitária do país exportador”.

A lista de produtos com importação autorizada está disponível para livre consulta no link.

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