Chuvas fazem com que soja caia em Chicago
A cautela prevaleceu no mercado de câmbio doméstico
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Nadia Borges
O mercado de soja em Chicago para setembro fechou novamente em forte queda de 1,60% ou 20,75 cents/bushel a $ 1278,0, de acordo com informações da TF Agroeconômica. Nesse sentido, a cotação de maio, importante para as exportações brasileiras, fechou também em forte queda de 0,80% ou 10,50 cents/bushel a $ 1300,25.
“Os futuros de farelo de soja fecharam no primeiro dia de setembro, com perdas de US $ 2,80 / t. Os futuros do óleo de soja caíram 111 pontos no fechamento A soja aprofundou as perdas matinais em um mercado que mantém incertezas quanto ao setor exportador nos EUA. Principais terminais portuários teriam sofrido danos significativos. Além disso, as chuvas recentes têm beneficiado regiões produtivas, transmitindo tranquilidade do lado da oferta. No Brasil, as empresas privadas estimam uma produção próxima a 143 milhões de toneladas para a nossa safra de 2022”, comenta.
Antes do relatório mensal de gorduras e óleos, o mercado está estimando um esmagamento de soja para julho de 165,2 mbu (4,49MT). “Se concretizado, seria uma queda de 10,4% em relação a julho de '20. Os membros da NOPA mostraram uma queda de 155,105 mbu (4,22MT) em julho. Os estoques de óleo de soja são estimados em 2,136 bilhões de libras”, completa a consultoria.
“A cautela prevaleceu no mercado de câmbio doméstico no primeiro pregão de setembro. As tensões políticas e fiscais domésticas - aliadas à queda das commodities por questões regulatórias e dados fracos na China - impediram o real de se beneficiar do enfraquecimento global da moeda americana, após números ruins do emprego privado nos EUA reforçarem a tese de que o Federal Reserve será muito cuidadoso na retirada de estímulos monetários”, conclui.