Grãos iniciam outubro com movimentos mistos

O mercado agrícola internacional abriu o mês com tendências divergentes para os principais grãos, entre pequenas altas e baixas. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo apresenta leves altas nos EUA, mesmo com a pressão do relatório do USDA que elevou a produção da última safra americana de 52,42 para 54,01 milhões de toneladas, abaixo das expectativas dos traders e diante da abundante oferta global. 

Na Argentina, o mercado permanece praticamente parado após a semana de isenção tarifária, enquanto no Brasil os preços refletem o estágio da colheita: mais de 53% no Paraná, e pouca ou nenhuma comercialização em Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A soja também segue com movimentos mistos. No mercado de Chicago, os contratos registraram novas mínimas após os números trimestrais de estoques, mas sinais técnicos indicam possível reversão de alta, ainda dependentes de fechamentos consistentes. No Brasil, os preços no interior sofrem pressão da oferta, enquanto nos portos são impulsionados pela demanda chinesa, apesar do recesso na Semana Dourada.

O milho, por sua vez, negocia-se em leve baixa em Chicago, influenciado pelo rápido progresso da colheita nos EUA e pela ausência do relatório semanal de exportações devido à paralisação do governo americano. Já no Brasil, o cereal apresenta pequenas altas, sustentadas pela forte demanda interna de carnes e etanol e pelos preços de exportação brasileiros mais atrativos que os americanos.

No cenário regional, os mercados paraguaios apresentam cotações mistas para os três grãos, refletindo a diferença entre oferta e demanda local, enquanto os portos brasileiros continuam sendo pontos estratégicos de comercialização diante do interesse externo. A combinação de fatores climáticos, técnicos e comerciais mantém os traders atentos às próximas movimentações.