Milho realmente se recupera na B3
Em Chicago, os futuros perdem força com clima favorável
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Eliza Maliszewski
As cotações do milho no mercado futuro de São Paulo voltaram a subir, nesta quarta-feira, impulsionadas pelas tomadas de lucro depois de várias quedas consecutivas, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Com isto, a cotação de Julho 21 avançou R$ 0,48 para R$ 81,17; a de setembro avançou R$ 0,50/saca para R$ 81,28 e a de novembro foi a única que recuou R$ 0,12 para R$ 82,26. Veja os demais fechamentos na tabela acima”, comenta.
“Tomadas de lucro são procedimentos normais nos mercados futuros e os de hoje foram impulsionados pela leve alta de Chicago. Nos mercados físicos, os preços continuam pressionados pelos grandes volumes importados, que tiraram os grandes compradores do mercado brasileiro, já que a queda do dólar e das próprias cotações do milho argentino o tornam muito competitivos no Brasil, razão pela qual as cotações da B3 atingiram o seu nível mais baixo em quatro meses. A entrada da Safrinha mantém as cotações pressionadas e dificilmente retornarão aos bons níveis de maio”, completa.
Em Chicago, os futuros perdem força com clima favorável, apesar dos dados de etanol e compras da China. “A pressão negativa sobre os novos contratos de safra permaneceu muito evidente durante a sessão desta quarta-feira, mesmo com os dados favoráveis do etanol dos EUA e os rumores de que a compra de milho pela China não conseguiu conter as quedas”, indica.
“O plantio nos Estados Unidos e o clima no Meio-Oeste continuaram sendo os fatores gêmeos que limitam os preços, embora, à medida que o contrato de julho chegava às últimas semanas, houvesse potência suficiente para empurrá-lo para cima novamente”, conclui.