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Nova onda de Covid-19 pode influenciar Agro?

"Não é como se a pandemia não tivesse deixado rastros"


Foto: EuroSLA

Um ano depois da primeira onda de confinamentos, lockdowns, crise econômica e efeitos da pandemia de Covid-19, o que os investidores do agronegócio podem esperar e devem fazer mirando o futuro? O assunto foi discutido em um webinar chamado “Agrimoney Covid, um ano depois: O que vem por aí para as commodities agrícolas?”.

De acordo com Stefan Vogel, chefe de pesquisa de mercados de commodities agrícolas no Rabobank, o impacto pode ter acabado. Pelo menos de uma perspectiva de mercado do agronegócio puro, segundo aponta o especialista.

“A Covid não está na minha lista dos cinco primeiros [fatores de influência] para o ano de 2021, em termos do que está impulsionando os mercados agrícolas”, disse Vogel. Segundo o analista da instituição financeira (que é especializada em agronegócio) tanto o clima nas regiões produtoras, bem como a demanda chinesa – que se mantém aquecida – são influências mais importantes.

“No entanto, não é como se a pandemia não tivesse deixado rastros”, salientou o editor-chefe do portal especializado Agrimoney, Mike Verdin.

“Considere as contínuas interrupções no transporte marítimo causadas por mudanças nos padrões econômicos e confusões logísticas”, apontou Peter Sand, analista-chefe de transporte marítimo da Bimco. Ele qualificou essa situação como “o novo normal”, afirmando que os navios muitas vezes preferem viajar vazios.

Abdolreza Abbassian, economista sênior da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mesmo que os impactos nos principais mercados permaneçam limitados, aqueles nos níveis humano e político permanecem vastos. “Não estamos fora de perigo. Não devemos de forma alguma fingir que as coisas estão bem e ótimas. Não podemos minar a importância de como os meios de subsistência das pessoas foram destruídos pela Covid”, disse ele apesar dos sinais em muitas frentes de que a Covid está recuando.

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