Os preços permanecem estáveis - Foto: Canva
Segundo informações da TF Agroeconômica, a colheita de trigo no Rio Grande do Sul está entre 18% e 20% do total estimado, com aproximadamente 550 mil toneladas já comercializadas, principalmente entre moinhos e exportadores. O ritmo é lento, mas foi retomado em regiões das Missões, onde as chuvas foram menores. Até o momento, não foram observadas alterações significativas no PH ou na aparência dos grãos, embora ainda haja incertezas quanto à qualidade final.
Os preços permanecem estáveis, com indicações entre R$ 1.020,00 e R$ 1.050,00 FOB no interior e de R$ 1.080,00 a R$ 1.150,00 CIF nos moinhos gaúchos. Fora do estado, as cotações chegam a R$ 1.180,00 CIF no Paraná e R$ 1.100,00 CIF em Cascavel, viáveis apenas para quem dispõe de frota própria. Na exportação, o mercado mostra lentidão, com preços de R$ 1.150,00 para trigo padrão moagem e R$ 1.100,00 para trigo de ração, com pagamento previsto para 15 de dezembro.
Em Santa Catarina, os primeiros lotes começam a ser ofertados, mas ainda com valores considerados elevados. Em Xanxerê, por exemplo, as ofertas chegam a R$ 1.250,00 FOB, enquanto os moinhos catarinenses operam com propostas entre R$ 1.130,00 e R$ 1.150,00 CIF. Os preços pagos aos produtores seguem entre R$ 61,00 e R$ 65,00 por saca, dependendo da região.
No Paraná, o mercado mantém-se em compasso de espera. Moinhos bem abastecidos seguem pagando de R$ 1.200,00 a R$ 1.250,00 CIF, enquanto os produtores pedem entre R$ 1.250,00 e R$ 1.300,00 FOB. O preço médio ao agricultor recuou 0,29% na semana, para R$ 64,14 por saca, frente a um custo de produção de R$ 74,63. Mesmo com prejuízo momentâneo de cerca de 14%, analistas lembram que o mercado futuro já ofereceu margens de lucro acima de 30%, reforçando a importância de estratégias antecipadas de comercialização.
