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Ferrugem

(Puccinia arachidis) Culturas Afetadas: Amendoim

O fungo Puccinia arachidis, agente causal da ferrugem na cultura do amendoim, é citado em outros países como uma das mais importantes doenças foliares devido às condições ambientais favoráveis. No Brasil, sua ocorrência tem sido esporádica, causando perdas significativas somente em alguns locais nos anos que ocorre com alta severidade.

A ferrugem do amendoim foi constatada no Estado de São Paulo em 1941. A ocorrência da doença tem sido esporádica, causando danos apenas em alguns locais, em alguns anos. Em determinados países, a doença pode chegar a causar severas perdas, semelhantes às das cercosporioses, em função das condições ambientais.

Danos: Inicialmente formam-se na superfície dos folíolos pequenas pústulas amareladas, freqüentemente circundadas por um tecido foliar de coloração verde-escuro a pardo-claro. Com a ruptura da cutícula é liberada uma massa alaranjada, formada por uredósporos do fungo em ambas as faces do folíolo, sendo predominante na face abaxial. Com a evolução da doença, as pústulas tornam-se pardo-escuras, o tecido ao redor das pústulas necrosa e seca e as lesões coalescem, formando manchas  irregulares. Mesmo em infecções severas os folíolos secos permanecem presos aos pecíolos, apresentando aspecto de queimados. As pústulas podem se desenvolver em todas as partes aéreas da planta, exceto nas flores e ginóforos.

Controle: Internacionalmente são adotadas medidas de exclusão para as regiões não contaminadas, tomando-se o cuidado de não permitir a entrada de sementes, ou até de material para consumo, contaminados. Logo após a introdução, são adotadas medidas de erradicação. As espécies Arachis marginara, A. nambyquarae, A. prostrata, Stylosantes sp. e Zornia sp. são consideradas hospedeiras de P. arachidis. Medidas de quarentena devem ser tomadas visando evitar a disseminação de esporos em vagens e/ou sementes, principalmente em áreas onde não há presença da doença.

A resistência varietal tem sido a mediada de controle mais estudada em países onde a ferrugem do amendoim é freqüente. Conhecem-se diferenças na resistência entre genótipos, mas acredita¬se que alta resistência à doença é rara. Folhas mais velhas são mais resistentes que as novas.

A rotação de culturas e a destruição de plantas voluntárias que aparecem após a colheita são medidas recomendáveis para o controle da doença.

O controle químico pode ser realizado com uso de pulverizações com fungicidas a base de Triazóis, que sejam registrados para a cultura.

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