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Tamanduá da soja

Bicudo da soja (Sternechus subsignatus) Culturas Afetadas: Feijão, Soja

Sinônimo: Sternechus mrázi

O tamanduá ou bicudo da soja é considerado um inseto de difícil controle e vem ganhando importância pelos danos que tem causado às lavouras de vários municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Tem ocorrido com maior intensidade, desde 1984, principalmente, onde é realizado o cultivo mínimo e a semeadura direta. Mais recentemente, vem causando dano à soja em lavouras em todo o oeste da Bahia, além de algumas lavouras nos estados de Goiás, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Danos: O adulto raspa o caule e desfia os tecidos no local do ataque. Quando a população é alta e ocorre na fase inicial da cultura, o dano é irreversível e as plantas morrem podendo haver perda total de parte da lavoura. Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.

Controle: A rotação de culturas é a técnica mais eficiente para o seu manejo, mas sempre associada a outras estratégias, como plantas-iscas e controle químico na bordadura da lavoura. Resultados recentes de pesquisas têm mostrado reduzido percentual de plantas mortas e danificadas e maior produtividade, no final do período de rotação soja-milho-soja, quando comparado ao monocultivo de soja.

Assim, onde forem detectadas larvas no solo, na entressafra, pelo processo acima descrito, é indicado substituir a soja por uma espécie não hospedeira (milho, milheto, sorgo ou girassol), para interromper o ciclo biológico do inseto. Aumenta a eficiência de controle circundar a espécie não hospedeira com uma hospedeira preferencial (soja, feijão ou lab-lab), que funcionará como planta-isca, atraindo e mantendo os insetos na bordadura da lavoura. Nesse caso, pulverizar com inseticida químico apenas uma faixa de 25 m na face interna dessa bordadura, nos meses de novembro e dezembro, quando a maior parte dos adultos sai do solo, e repetir o controle sempre que o inseto atingir os níveis de dano, conforme a fase da cultura.

As pulverizações noturnas, entre às 22 h e às 2 h, são mais eficientes, pois a maioria dos adultos, nesse período, encontra-se na parte superior das plantas, em acasalamento. Em área não infestada, em região onde ocorre essa praga, para evitar que o inseto infeste toda a lavoura, semear uma bordadura de 40 a 50 m de largura, com sementes de soja tratadas. Outra forma de controle do inseto na bordadura de plantas-iscas é o controle mecânico, roçando a soja e, conseqüentemente, matando as larvas presentes nas plantas.

Essa operação deve ser feita aos 40-50 dias após a detecção das primeiras hastes de soja raspadas pelos adultos, matando as larvas antes de sua entrada no solo para hibernação.

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