
Lembre-se, tudo é transparente. Temos recursos naturais, que estão diminuindo. Temos custos de energia, que estão aumentando. Temos uma população que está crescendo, e tudo isso frente à perspectiva de uma cultura diversificada. É um mundo dinâmico, e é um mundo que se tornou mais interessante e se movimenta rapidamente, mas, estamos prontos? Quantos de vocês sabem que, enquanto levaríamos um mês e meio para enfileirar-nos e fazer uma ola em volta do mundo, seriam necessários apenas três meses para que a epidemia de gripe aviária circulasse ao redor da Terra? Três meses... Estamos prontos?... Você conhece seu mercado? Sabe qual é o seu negócio? Você sabe, por exemplo, quais são as forças que nos comandam?
Temos a primeira geração posterior à 2ª Guerra Mundial (baby boomers), da qual faço parte. Somos um grupo de pessoas que se recusa a envelhecer e quer viver mais tempo. Desejamos alimentos especiais, nutrição especial, genes diferenciados, e queremos produzir órgãos para reposição. Você sabia, por exemplo, que atualmente é possível extrair uma célula da sua bexiga, colocá-la em uma placa de Petri e deixá-la crescer em torno de um molde, e em seis meses você estará pronto para um transplante de bexiga originada das suas próprias células? Isso é exatamente o que aconteceu com uma moça de 16 anos que recebeu uma bexiga há poucos meses. A primeira no mundo! Este é o mundo no qual vivemos.
Este mundo é dirigido pela ciência. Este mundo detém conhecimento. Apenas nos Estados Unidos, são 64 milhões de pessoas que passam 80 minutos por dia conectadas à internet e, o mais importante para um empresário, passam 14 minutos por dia comprando coisas! Esse é o nosso mercado. Os japoneses logo terão 400.000 robôs. É um mundo estranho, no qual 1 milhão de pessoas quer ser "empresário", mas somente 6.000 pessoas pedem para freqüentar a Escola de Negócios de Harvard. A realidade é que já não temos gasolina barata. Se você tem menos de 40 anos de idade verá ao longo da vida o desaparecimento de toda a gasolina barata, independentemente da região do mundo na qual estiver.
Soma-se a tudo isso o desafio da China: o gigante está acordado. A China, o país sobre o qual sabemos muito pouco, está ficando cada vez mais parecido conosco. Será a 2ª maior economia mundial. Além disso, terá, em dez anos, 200 milhões de pessoas com salários acima de US$30.000. Há cidades na China das quais nunca ouvimos falar. Por exemplo, você sabia que na China existem 400 cidades equivalentes a Lexington (Estado de Kentucky, EUA)? Existem 400 cidades com população das mesmas proporções ou maiores do que a de Lexington. Há 160 cidades que são do mesmo tamanho de Zurique. Existem 44 "Dublin"e 23 "Paris", e não só isso, a China tem o equivalente a 11 "Londres". Existem 11 Londres na China e nem ao menos sabemos seus nomes!
À medida que a economia da China cresce, cresce também a fome. A fome de muitas coisas –particularmente de carne – e à medida que a população cresce e exige, a China se encaminha para um consumo de carne per capita equivalente ao dos EUA –100 quilos por ano. Na realidade isso constitui um desafio para nós, já que com o crescimento também cresce a população e portanto, a demanda por alimentos.
Vocês pararam para pensar que se a China tem 1,5 bilhão de pessoas e todas elas se alimentarem da mesma maneira que os estadunidenses (100 quilos de carne/pessoa/ano), irão precisar de 600 milhões de toneladas de alimentos? Essa é a mesma quantidade que produzimos atualmente de modo global, e seria necessária apenas para a China. É um desafio incrível. De onde virão os grãos? Se tomarmos o Brasil, a Ucrânia, a Argentina e os Estados Unidos, por exemplo, e duplicarmos ou triplicarmos a produção desses países, ainda assim não teríamos grãos suficientes. Simplesmente não temos os grãos nem os teremos no futuro.
Para complicar ainda mais as coisas temos as chamadas iniciativas biocombustíveis, enquanto os países se esforçam para conquistar autonomia energética e aderir ao Protocolo de Kyoto que dita o uso de combustíveis mais limpos. Aparentemente esquecemos o que isso irá provocar.
Nos Estados Unidos, se nos regermos pela lógica, a conclusão é que 60% dos grãos serão devorados por combustíveis. O que podemos fazer? A situação na qual estamos é difícil. Menos recursos, energia mais cara, pessoas que precisam ser alimentadas. Por que não damos um passo atrás? Por que não pensamos? Por que não lançamos mão da nossa imaginação? Por que não seguimos a afirmação daquele, que foi provavelmente o maior cientista que o mundo conheceu, Albert Einstein, de que "A imaginação é mais poderosa do que o conhecimento"?
Vamos usar nossa imaginação e pensar fora das quatro paredes. Se os grãos não são a solução para a energia ou a alimentação, as matérias-primas alternativas –fibras– poderiam ser a solução? As fibras são a matéria-prima renovável máxima da natureza, e temos muito pouco conhecimento acerca delas.
São geradas anualmente nos Estados Unidos 1,4 bilhões de toneladas de fibras. Este é o jardim que jogamos fora, a serragem de madeira. Se tomarmos uma parte disso e a deslocarmos, fazendo dela combustível, poderemos esperar uma produção de etanol de aproximadamente 70 galões por tonelada (de 100 galões por tonelada de grãos.) Se tomarmos 900 milhões de toneladas disso e aplicarmos 40% da nossa gasolina, não teremos de importar nem um único barril de gasolina. Além disso, restarão 500 milhões de toneladas de fibras para serem utilizados na nossa alimentação.
Como iremos fazer isso? Imagine este mundo novo: nenhuma escassez de alimentos, nenhuma escassez de combustível. Um desafio simplesmente maravilhoso e assombroso, ter a capacidade de transformar fibra (celulose) em alimento e em combustível. Certamente este deve ser o próximo grande projeto da humanidade!
Mas como faremos isso? Os chineses aprenderam há 4.000 anos um processo chamado koji. Naquela época, tinham muito pouca ou quase nenhuma proteína, até que decidiram utilizar a fibra, fermentando-a com um microorganismo enzimático rico em proteína.
Nos últimos dez anos em Serdán, no México, a Alltech vem aperfeiçoando o processo, e conseqüentemente surgiu um produto chamado Allzyme SSF. Ao adicionar Allzyme SSF às rações existentes, obtemos uma liberação enorme de energia da fibra, o que leva a uma melhora no desempenho a um custo mais baixo. Este poderia ser o início de uma era na qual Allzyme SSF nos habilita a utilizar matérias-primas alternativas (ricas em fibra)
O mercado está mudando
Em novembro do ano passado o mundo perdeu Peter Drucker. Peter Drucker foi, provavelmente, a mente mais brilhante do mundo em gestão e administração. Drucker afirmou em certa ocasião que "para que uma pessoa compreenda o mercado, precisa sentar-se do mesmo lado da mesa no qual seu cliente senta". Você entende seu mercado? Percebe, por exemplo, que o mundo está se tornando mais verde? O milho agora está sendo transformado em plástico biodegradável pela empresa Dupont®, ao mesmo tempo em que partes do mundo estão se tornando orgânicas. No Estado de Nova York, duas fábricas de rações dedicam-se apenas à alimentação orgânica para os produtores de laticínios. Qual é o ganho para o produtor? Não ganha 25 centavos por quilo, mas sim 70 centavos por quilo de leite. Estas mudanças estão acontecendo, e rapidamente. Podemos mudar? Estamos estagnados? Podemos ler os sinais? Somos lentos demais?
Em 1964 o professor E.S. Anderson advertiu a indústria no sentido de abandonar a utilização de antibióticos na nossa alimentação. Como microbiólogo e médico, disse "Estou vendo nas minhas clínicas microorganismos que são resistentes aos antibióticos, e isto vai causar grandes problemas médicos." Ainda assim, transcorreram 42 anos até que outro homem corajoso –David Byrne, Comissário da União Européia para a segurança alimentar– tomasse a decisão, em 2005, e declarasse que a partir de 10 de janeiro de 2006 todos os antibióticos seriam proibidos.
A pergunta é: por que levamos tanto tempo se a glicômica –a ciência dos carboidratos– havia nos oferecido uma alternativa? Aliás, a União Européia também aceitou o conceito de não termos antibióticos como os ionóforos nas nossas dietas de carne, não quando temos o cultivo de levedura, Yea-Sacc®1026, que nos proporciona 1,3 quilos por dia, o que é mais do que os ionóforos tem nos fornecido. Mesmo assim, insistimos em utilizar os ionóforos.
Apenas o início
A ciência dos Glicômicos também está nos ajudando com as micotoxinas. Você sabia que 30% dos nossos grãos estão contaminados pelos assassinos ocultos – as micotoxinas? Hoje, contudo, sabemos qual é a estrutura química tridimensional de muitas das micotoxinas e, com esse conhecimento, os glicômicos nos proporcionam um "invólucro" para colocar uma capa e capturá-las, eliminando assim seu efeito negativo. O nome desse "invólucro" é Mycosorb.
O mundo dos Nutrigenômicos
Agora vamos imaginar a sério. Vamos sair de fato das nossas quatro paredes e pensar no mundo dos Nutrigenômicos, no que significam e o que exatamente podem fazer por nós. Quando a Alltech estabeleceu uma parceria com a Universidade de Kentucky, surgiu uma nova instituição: O Centro de Nutrigenômicos. Aqui é possível aproveitar o poder do fragmento de gene.
O que é exatamente este pequeno fragmento de gene? Alguns o denominam "momento Kodak®". É uma imagem dos seus genes naquele momento e dos seus genes após a alimentação. Então, o que acontece quando alimentamos nossos genes com selênio orgânico, Sel-Plex, na comparação com selenito de sódio? O que essa imagem nos demonstra? É naquilo que chamamos "sistemas de nutrição" que conectamos os pontos entre a prática e a biologia molecular. Vamos conectar alguns pontos, então.
Inserimos um elemento, selênio na forma natural, Sel-Plex, e obtivemos determinada alteração na expressão genética. Por exemplo, conquistamos um aumento de cinco vezes nos genes relacionados com o metabolismo de carboidratos. A expressão do gene responsável pelo metabolismo da gordura aumentou 16 vezes nesses animais, que agora são mais eficientes e saudáveis. Isso se traduz em um animal mais produtivo e que talvez consiga no mercado mais leitões por matriz, mais pintos por poedeira, e uma redução na contagem de células somáticas. Essa é a promessa dos Nutrigenômicos, trabalhar no nível do gene para melhorar a saúde e o desempenho do animal.
Hoje temos a maior base de dados do mundo sobre um único ingrediente – um único alimento– Sel–Plex, e logo teremos a maior base de dados do mundo sobre nossos produtos, e isto revolucionará a forma como vemos a saúde humana e a saúde animal. Temos nas mãos um controle inédito. Este maravilhoso caminho para frente, este desafiador caminho para frente, este emocionante caminho para frente. Se adiantarmos o filme, em seguida teremos um mundo com recursos escassos, uma população densa e um ou dois conflitos ocasionais que farão nossa vida mais interessante conforme avançamos para frente.
Temos medo? De modo algum. Por que teríamos medo se temos a tecnologia que nos oferece oportunidades infinitas? Por que ter medo quando podemos enfrentar esses desafios, enfrentar esses problemas e transformá-los em oportunidades? Por que ter medo quando sabemos que a tecnologia está ali? Temos que desenvolvê-la. Temos de preservá-la para que nos permita utilizar uma matéria-prima alternativa como a celulose.
Não às importações de combustível. Para mim, este é um motivo suficientemente grande para avançar na direção de custos menores para nossos alimentos, e de uma alimentação mais abundante. Esta é a razão para recebermos de braços abertos a nova tecnologia Koji. Vamos concretizá-la? É claro que sim! É por este motivo que construímos a fábrica de levedura no Brasil. É por este motivo que investimos entre US$41 e US$42 milhões nesse projeto e iremos duplicá-lo em 6 meses. É emocionante! Por isso construímos a maior planta de minerais quelados do mundo no Canadá. Por quê? Porque sabemos que podemos utilizar esses minerais em um nível de 20%, com 100% de efeito e sem nenhuma poluição.
Este é o caminho para frente, e é um caminho que queremos trilhar. Você está pronto para a viagem? Você está pronto para vir conosco nesta viagem? Espero que sim, já que será uma viagem emocionante e tem a ver com cada um de nós, com o nosso futuro.