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E-Commerce matarão milhões empregos e Governos fingem qu não


Climaco Cezar de Souza

E-Commerce matarão milhões empregos e Governos fingem qu não

1)       SITUAÇÕES E TENDÊNCIAS DO E-COMMERCE NOS BRASIL (VIDE APÓS NO MUNDO E NOS EUA) -

SÃO IMPRESSIONANTES a rapidez, a astúcia, a ganância e o DESCONTROLE do E-commerce no Brasil (no Mundo, nem tanto). Os Governos e, nós, já vemos tudo, mas nos negamos a enxergar/denunciar/proteger as milhares de mortes diárias do pequeno varejo mais das indústrias, em especial das manufaturas, nas cidades de pequeno a médios portes do Brasil e também em muitas das áreas periurbanas e rurais.

“Segundo estudos do banco Goldman Sachs em outubro/2023, 300 milhões de pessoas irão perder o emprego no Mundo – com média de 18,0% - nos próximos anos para a Inteligência Artificial, sendo 23% no Brasil. O grande vilão mundial serão as fortes ampliações dos usos dos novos aplicativos como o ChatGPT (vide meu artigo anterior neste mesmo site), a ferramenta que, em formato de texto e voz, responde perguntas, elabora textos, produz imagens e cria traduções. Muitas pessoas estão em pânico, inclusive, o que as pessoas estão mais se perguntando hoje é: ‘será que vou perder meu trabalho para uma máquina?’

CONTUDO, “nos EUA - onde quase tudo começa, em especial na informática mais na WEB - em termos de resultados socioeconômicos reais para o País (não para alguns investidores e empresários etc..), um importante diagnostico de 2020 pela Empresa Seguradora de Credito Euler Hermes CONSTATOU que para cada 1,0 emprego criado no comércio eletrônico (e-commerce) desde 2008 até 2020, 4,5 outros empregos foram perdidos pelos varejistas tradicionais (retalhistas). Pior ainda é que mais 41% dos varejistas (retalhistas) já viram suas margens de lucro diminuírem nesse período. Estas diversas perdas no varejo (retalho) acompanharam a expansão do comércio eletrônico, que cresceu muito à frente de outros segmentos retalhistas, a uma taxa - ELEVADÍSSIMA - de 10,5% ao ano”. Somente, em 2023,218,8 milhões de cidadãos norte-americanos fizeram compras online regularmente no e-commerce”. POR OUTRO LADO, ainda em 2023, conforme o site “Retail Gazette” dos EUA (gazeta do varejo) mais de 10.000 lojas fecharam e levando quase 120.000 empregos do varejo. Vide diagnostico da Euler Hermes em inglês em https://www.retaildive.com/news/e-commerce-could-kill-30k-stores-and-half-a-million-jobs-by-2025/570950/

Em complemento, ‘o mais interessante e impressionante é que – vide ao final no diagnóstico do Center for Retail Research dos EUA – “muitas de tais empresas do e-commerce mundial - desesperadas por matarem rápido seus concorrentes e/ou por serem muito ambiciosas etc. - também morrem ao final (ou seja, como nos suicídios de baleias ou de cavalos ou de cães - todos muito bravos até raivosos no início -, ou de empreenderam apenas voos de galinhas). Ou seja, de futuro, não adiantará se preocuparem em 'darem a possibilidade de as pessoas comprarem mais barato lá fora de muitos itens - até supérfluos' - se elas não tiverem empregos internos confiáveis para bancarem estas tais compras rotineiras, até viciantes”. Elas (seguidas, múltiplas pequenas e baratas compras via e-commerce), quando somadas por pessoa e município muito ampliam os desempregos, as quedas das rendas e as reduções das arrecadações locais e nas pequenas cidades e, então, “a crise do custo de vida, a inflação e os aumentos nas taxas de juros levam muitos consumidores a apertarem o cinto, reduzindo os gastos no varejo local (reduzindo apenas alimentos para subsistência) mais, sobretudo, no seu e-commerce inicial. “Também, muitos dos próprios varejistas (retalhistas) do e-commerce sofreram custos crescentes de energia e de ocupação; mais escassez de pessoal e (sobretudo) de queda da procura/demanda por seus itens vendidos, o que tornou – e torna - excepcionalmente difícil a reconstrução dos lucros após o encerramento extensivo de lojas durante e após a pandemia.” Também, no dever de arrecadarem bem mais para suprirem com suas falhas anteriores, os Governos - já bastante calejados desde 1970 (início do e-commerce nos EUA) - acordam e as sobretaxam bem mais, necessariamente, sendo que em 2023 os grandes varejistas dos EUA enfrentaram em abril o maior aumento de impostos em 33 anos”.

No Brasil, antes, somente víamos e, até fazíamos pouco, das muitas mortes e falências dos grandes shoppings mais das grandes redes de supermercados varejistas do País, mas, a situação atual já é bem pior no pequeno varejo, inclusive da esquina. Por trás disto tudo, há muitas razões diferenciadas alegadas, mas as principais, sem dúvidas (poucas conhecidas e aceitas), são as enormes quedas de vendas – até liberadas e incentivadas - desde o início das agressivas redes de e-commerce no Brasil.

Nas cidades de porte médio, os shoppings, os malls e os grandes supermercados também morrem no dia-a-dia e nas pequenas, os varejistas já não sabem o que fazer para, pelo menos, manterem as vendas mínimas e os empregos e tributos ainda gerados. Já estão todos cortando nas carnes; já comendo os lucros; sonegando o máximo; caloteando/renegociando com os bancos; contratando somente poucos e sem treinos, bem mais baratos, e por 90 dias de experiências e, pior, já desempregando os mais experientes, em especial pais e mães de famílias.

Obviamente, junto com os elevados números de desempregos, decorrentes de tantos descontroles, já acontecem – e ampliarão umas 3 vezes mais e em até 5 anos, penso - as quedas de rendas familiares; as fomes; os desesperos; os gastos com saúde e segurança; as necessidades de bem maiores assistências e, sobretudo, os fortes incrementos das violências, assaltos, roubos e mortes etc. agora em todos os locais do País já passam a dominar, em especial, as cabeças e os propósitos dos mais jovens (embora com dados não divulgáveis, certamente, fazer pequenos tráficos – inicialmente quinzenais - podem ser que já levem a receitas até 3 vezes maiores do que ficar desempregado, mesmo que recebendo para estudar, conforme novo Plano Educacional PÉ DE MEIA do Governo para o Ensino Médio). Assim, iniciam as famigeradas formações – pouco estudadas, nada debatidas etc., até por medo - dos jovens das atuais e futuras gerações NEM, NEM, NEM, ou seja, em que tais jovens NEM TRABALHAM NEM ESTUDAM E CUJOS PAIS E/OU AVOS NÃO ESTÃO NEM AI. Restam identificarmos e sabermos o quanto, como e onde de ações errôneas, ou sobretudo inações – como estas dos já claros apoios aos ainda muito destrutivos e-commerce - dos Governos e apenas por algumas grandes Empresas (sobretudo, internacionais sem freios e/ou que acham nossas portas abertas e fáceis, idem de políticos e de governantes) levam a idealizações, formações e culpas das criações e incentivos de tais jovens inativos NEM NEM NEM e que já estão ou até já nascem, praticamente, sem futuros. COM CERTEZAS, ELES MAIS FAMILIARES NÃO SÃO OS PRINCIPAIS CULPADOS por tais destinos que ninguém quer ou escolhe: CQD, “COMO AQUI DEMONSTRAMOS” E PREVEMOS.   

Se não determos ou controlarmos, urgentes, tais ambições e ações nefastas do e-commerce atual, o Brasil urbano e peri urbano pode explodir em desempregos, bandidagens, crimes etc.., e tudo já em até 5 anos.

OBVIAMENTE, NUMA VISÃO PRATICA E CLARÍSSIMA, NÃO SERÃO MAIORES EXPORTAÇÕES OU APENAS MAIS ESCOLAS E/OU MELHORES TREINAMENTOS /FORMAÇÕES QUE REVERTERÃO ISTO.

PARA TANTO, SERÁ PRECISOS BEM ESTUDAR FORMAS E MEIOS PARA DETER/REDUZIR OS ELEVADÍSSIMOS APETITES DOS E-COMMERCE, ATÉ COPIANDO O QUE ALGUNS PAÍSES JÁ FAZEM  

TALVEZ TRIBUTAR MAIS AS VENDAS PELA INTERNET (boas partes, já fraudulentas, também graças a expansão desordenada, pouco regulamentada, até incentivada ou pouco/nada fiscalizada dos e-commerce no Brasil) E/OU DUPLICAR OS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÕES DE ITENS DE VAREJO COM VALOR DE ATÉ R$ 10,0 MIL E/OU REDUZIR PRAZOS DE COMPRAS VIA CARTÕES DE CREDITO PARA NO MÁXIMO 03 PARCELAS E/OU IMPEDIR AQUISIÇÕES VIA PIX ETC.

Muitos (em especial dos Governos, Consultores especializados e até professores) podem até alegar, de novo e de forma já novelesca, que nossos trabalhadores precisam são de melhores preparos/treinamentos/formações, mas isto, novamente, não são verdades absolutas e nem adianta gastar AINDA MAIS nosso escasso dinheiro com isso, sem que se achem formas de controlar os e-commerce nas origens mais nos apetites como outros países – bem mais preparados e protetores - já fazem.

Assim, de nada adianta os Governos montarem CARÍSSIMAS Universidades/Faculdades públicas e Centros de treinamentos técnicos de 2º Graus (tripo CEFET e/ou Escolas Técnicas Federais ou Estaduais) no interior, pois elas não reverterão tal quadro acima em curto prazo. Atualmente, elas SEQUER CONSEGUEM GARANTIR OU ATRAIR BONS PROFESSORES PARA TANTO (não se pensaram- ou se pensam, nos incentivos para àqueles se estabelecerem mais famílias) E, PIOR, ATÉ MUITOS ALUNOS LOCAIS AINDA NÃO TEM INTERESSES REAIS E/OU ACREDITAM NELAS. Em boa parte das atuais, as ofertas e demandas de conhecimento não chegam a 30% dos potenciais implantados ou, carissimamente, investidos, acho e pesquiso.

O eminente ex-ministro e prof. Afonso Pastore da USP – falecido recente em 2024 - alertava que o e-commerce no Brasil poderia prejudicar muito o emprego e a renda no seu início, mas, que depois as coisas reverteriam em médio ou longo prazos. MAS, ao meu ver, NO INTERIOR E NAS MEDIAS CIDADES, NINGUÉM DISPÕEM DESTES PRAZOS, A NÃO SER QUE A VIOLÊNCIA, O DESEMPREGO E A POBREZA REDUZAM NO MESMO PRAZO E EM IGUAIS PROPORÇÕES.

Afinal, como nosso pequeno varejo pode concorrer, OU SEQUER TENTAR, com grandes redes com preços finais bem mais baratos (de 30% a 80% menos por diversos motivos/incentivos) MAIS com entregas quase que imediatas (de 2 a 7 dias) DAS GRANDES REDES DE E-COMMERCE DE VAREJO - a maioria estrangeiras - como: MERCADO LIVRE, SHOPEE, ALIEXPRESS, PICPAY, SHEIN, AMAZON, I-FOOD etc.

Idem como nossas industriais - fundamentais para nossos empregos, fornecimentos e desenvolvimentos – podem TENTAR CONCORRER com os grandes fornecedores mundiais - distantes, mas rapidíssimos -, como: ALIBABA, AMAZON, E-BAY, WALL MART, RAKUTEN etc.

A SITUAÇÃO JÁ É GRAVÍSSIMA E TENDE A AMPLIAR MUITO E RÁPIDO E, PIOR, COM OS POLÍTICOS E, PIOR, NOSSOS MINISTÉRIOS AINDA NADA SE FALANDO E AINDA NADA SOMANDO E AINDA NADA CONTESTANDO/NADA ACOMPANHANDO/EXIGINDO NADA FISCALIZANDO E ATE BATENDO CABEÇAS ACERCA.

Faz muito dó ver os empresários, investidores e, sobretudo, os funcionários e suas famílias lerem a tristíssima noticia – corajosa, recente e até escondida – como: “A maior onda de demissão em massa que o Brasil já viu deve ocorrer em breve” - descrevendo que grandes lojas de varejo como Carrefour, Americanas, Dia, Lojas Marisa e Casas Bahia enfrentam um período traumático e que já levam ao fechamento de mais de 750 lojas no Brasil, levando a demissões em massa. 

Vide em: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/57129/a-maior-onda-de-demissao-em-massa-que-o-brasil-ja-viu-deve-ocorrer-em-breve

Nos casos das tributações das importações, tanto a FIEMG, como a FIRJAN solicitaram desde 2003 ao Ministério da Fazenda “a revisão das legislações relativas ao comércio eletrônico internacional, com maior destaque para a recente portaria do Ministério, que isenta principalmente plataformas estrangeiras do pagamento do imposto de importação para remessas enviadas a pessoas físicas de valor até Us$ 50/ud., desde que aderidas ao programa “Remessa Conforme”. Tal benefício, no entanto, não é concedido a varejistas e indústrias instaladas no Brasil, sejam de pequeno, médio ou grande porte, que estão conformes com toda legislação tributária, devendo recolher tributos sobre toda e qualquer venda realizada”.

“A medida causa prejuízos na concorrência para estes varejistas e indústrias nacionais, podendo acarretar fechamento de empresas e perdas de empregos diretos e indiretos, o que implica na destruição da geração de emprego e renda no Brasil”.

A FIEMG foi ainda mais direta e objetiva ao afirmar que que: “estamos matando empregos e arrecadação”, com tais isenções (“MAL PLANEJADAS PELA FAZENDA”).

“A ausência de tributação sobre as importações feitas em grandes sites e redes varejistas internacionais, com destaque para aquelas sediadas na China, está tornando o Brasil menos competitivo economicamente.” “Estamos matando o emprego e a arrecadação junto e isto destrói a capacidade do Estado de fazer investimentos e aniquila toda cadeia onde o brasileiro se emprega, principalmente no comercio”.

“Um estudo de maio/2023 da FIEMG - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais mostrou que a isenção adotada pelo Brasil em relação às remessas de até Us$ 50/ud., via comércio eletrônico, pode ter causado perda de R$ 99,0 bilhões, na economia nacional, cerca de R$ 270,0 milhões por dia, e mais de 1,1 milhão de vagas de empregos formais em 2022. Quando se trata do estado, somente a economia mineira pode ter deixado de faturar R$ 11,0 bilhões e, pior, de gerar mais de 160 mil empregos”.

“Em complemento, além dos reflexos no faturamento e no emprego, o estudo da FIEMG apresentou outros números relacionados à ausência de tributação das importações de produtos de pequeno valor, como a perda de impostos líquidos, que chegaram a R$ 6,3 bilhões, e a de massa salarial, que alcançaram R$ 21,8 bilhões somente no ano passado.”

“A instituição FIEMG também observa que as infantis e simplistas importações de itens de pequeno valor nos moldes que são praticadas, atualmente, implicam em elevadas perdas de faturamento das indústrias nacionais. Conforme a Entidade, o Segmento concorrente e fabricante nacional deixou de faturar Us$ 13,1 bilhões em 2022 e os setores mais afetados pela chamada “concorrência desleal” foram vestuário e acessórios, móveis e produtos diversos, máquinas e equipamentos elétricos, calçados e artefatos de couro, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e têxteis.”

Por outro lado, o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) estimou que 2,0 milhões de vagas de empregos foram perdidas no setor por causa da isenção de imposto de importação de até Us$ 50,0 pela internet.  

“Até segundo o Governo Federal, em maio/2023, algumas plataformas estariam utilizando ilegalmente a isenção da cobrança de imposto para remessas internacionais entre pessoas físicas para venderem seus produtos por preços mais baixos do que as concorrentes brasileiras. A ilegalidade fez com que o governo anunciasse em abril a intenção de acabar com a isenção. Porém, este, então, retrocedeu (medo chines?) e afirmou que a solução para as fraudes passaria pelo incremento da fiscalização.”

Em consequência, “a Receita prevê uma perda de arrecadação de quase R$ 35,0 bilhões até 2027 com tais isenções. A estimativa da Receita considerou que 80,0% do volume total de remessas postais e remessas expressas enviadas por pessoas jurídicas estarão dentro do limite de Us$ 50 e, portanto, sem cobrança do imposto de importação (medo chines?)”.

“Sozinha, esta pequena e parece que humilde e muito mal investigada desigualdade tributária (medo chines?) já afeta, e muito, a nossa competitividade interna e deve causar o fechamento de várias lojas, além de gerar o aumento significativo do desemprego no país. Ou seja, de futuro, não adiantará se preocupar em 'dar a possibilidade de as pessoas comprarem mais barato de fora' se elas não terão emprego para bancar essas compras”.

Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/07/28/impactos-da-isencao-de-compras-internacionais-para-varejo.htm?cmpid=copiaecola .

2) SITUAÇÕES E TENDÊNCIAS DO E-COMMERCE NO MUNDO -

No Mundo, em 2022, segundo a conhecida Consultoria americana BigCommerce (vide link em inglês a seguir), “as vendas globais de comércio eletrônico no varejo (retalho) ultrapassaram Us$ 5,0 bilhões de dólares pela primeira vez, representando mais de 1/5 (20%) das vendas totais no varejo global. E até 2025, a despesa total ultrapassará Us$ 7,0 bilhões, apesar do abrandamento do crescimento” (eles, obviamente, têm uma visão amplamente favorável ao e-commerce mundial e dizem até que ele nunca desemprega, pelo contrário. É BOM CONHECERMOS SUAS POSIÇÕES MESMO QUE EM INGLÊS).

Para eles, “as vendas em lojas on line deverão atingir 22,0% das vendas globais no varejo até 2023, em comparação com 14,1% em 2019 (elas iniciaram, até recente, em 1970, como descrito)”.

“Para 2024, estimam que as vendas digitais representarão mais de 50,0% do volume total de pagamentos do comércio eletrônico”.

Vide bem mais detalhes favoráveis e muitos mais dados acerca em inglês em:  https://www.bigcommerce.com/articles/ecommerce/

Já segundo a Consultoria americana Artios, em novembro/2023, “o comércio eletrônico Mundial deveria atingir Us $ 6,3 bilhões até ao final de 2023, sendo a China o maior responsável por mais vendas no varejo on-line do que qualquer outro país”. Até 2024, mais de 21,2% de todas as vendas no varejo acontecerão on line”. “Para eles: a indústria do comércio eletrônico está em um estado perpétuo de evolução. E, à medida que mais marcas dependem da Internet para comercializar e vender seus produtos, manter uma vantagem competitiva torna-se cada vez mais importante”.

Ainda em nível Mundial, analisando, em 2023, 45 economias, a empresa mundial de tecnologia educacional Coursera “constatou em em pesquisa junto a 803 empresas de diferentes setores (responsáveis pela soma por mais de 11 milhões de postos de trabalho no mundo, tanto que as novidades tecnológicas e a 4ª revolução industrial vão – ao mesmo tempo – tanto criarem, como eliminarem milhões de empregos. O que levará necessidade de novos treinamentos para as reconversões dos funcionários. Segundo eles, a adoção das novas tecnologias, o aumento do custo de vida, a desaceleração do crescimento econômico e as tensões geopolíticas acarretarão muitas perdas de empregos”.

“Em uma base de dados que analisa 673 milhões de empregos, há a expectativa de 69 milhões de postos serem criados, mas, também de 83 milhões de postos eliminados. Isso corresponde a uma redução líquida de 14 milhões de postos de trabalho, ou 2,0% do emprego atual”. 

“Eles também estimam que 44,0% das habilidades dos trabalhadores nos países pesquisados serão alteradas nos próximos 05 anos”. Assim, antes mesmo de 2027, 60,0% da atual força de trabalho naqueles países irão demandar treinamento isto para atender às novas necessidades, mas apenas metade terá acesso a uma capacitação adequada (de novo e de forma muito lucrativa apenas para eles e que nunca recomendam aos países e governos fazerem o basicão, o óbvio e até o simples, como tributar e restringir mesmo que por até 10 anos iniciais. Afinal, para enfrentarem os elevados aumentos dos custos sociais, decorrentes das atuações e das compras continuadas e até viciantes nos e-commerce, os Governos precisarão arrecadar muito mais e de formas rápidas e garantidas).

“No entanto, no Brasil, os executivos esperam que 53,0% das habilidades exigidas pela força de trabalho permaneçam as mesmas”.

Vide mais detalhes em: Leia mais em: https://forbes.com.br/carreira/2023/05/futuro-do-trabalho-23-das-profissoes-devem-se-modificar-ate-2027/ .

3) SITUAÇÕES E TENDÊNCIAS DO E-COMMERCE NOS EUA -

Nos EUA (com base no órgão Small Business Administration) mais, didaticamente, também segundo a Consultoria americana BigCommerce (vide link em inglês acima) consideram-se como pequenos negócios varejistas os que faturam entre Us$ 1,0 milhão e Us$ 40,0 milhões/ano, empregando desde 100 até 1.500 empregados (com menores salários). Já os médios negócios futuram entre Us$ 10,0 milhões e US$ 1,0 bilhão/ano, empregando de 101 a 500 empregados. Grandes negócios EMPRESARIAIS faturam acima de Us$ 1,0 bilhão e empregam acima de 1.000 funcionários.

“Somente nos EUA, estudo pela Empresa Seguradora de Credito Euler Hermes em 2020, apontou que somente de 2008 até 2025 o comércio eletrônico poderia fechar 30 mil lojas e encerrar 1/2 milhão de empregos (500 mil cargos).  O estudo concluiu que 56 mil lojas, ou 10,7% da área do retalho discricionário, já fecharam nos EUA até 2020, um país com emprego quase que pleno e bem pago, a maioria semanalmente, para muitos familiares em especial no agro mais na construção civil. Ou seja, mais de 670 mil empregos líquidos (9,6% do total) já foram perdidos desde 2008.”

“Assim, nos EUA (onde quase tudo começa, em especial na informática mais na WEB), o comércio electrónico, segundo eles mesmos, já tem sido um fator negativo - um agente de “destruição trabalhista” - para o setor varejista e em grande escala.”

Além disso e pior, lá nos EUA mais 41% dos varejistas (retalhistas) já viram suas margens de lucro diminuírem nesse período. Estas diversas perdas no varejo (retalho) acompanharam a expansão do comércio eletrônico, que cresceu muito à frente de outros segmentos retalhistas, a uma taxa - ELEVADÍSSIMA - de 10,5% ao ano. Na verdade, para cada 1,0 emprego criado no comércio eletrônico (e-commerce), 4,5 outros empregos foram perdidos pelos retalhistas tradicionais, de acordo com o estudo.

Vide mais dados em inglês em: https://www.retaildive.com/news/e-commerce-could-kill-30k-stores-and-half-a-million-jobs-by-2025/570950/ .

Ainda nos EUA, outro estudo de 2020 (nomeado de “Destruição Criativa”) por pesquisadores do NBER - National Bureau of Economic Research apontou que “o comércio eletrônico alterou drasticamente o varejo nas últimas duas décadas, com as vendas online crescendo de 0,63% do total em 1999 para 13,3% em 2021”.

Segundo eles, no período, os consumidores locais foram encorajados a mudarem para o comércio eletrônico e a abandonarem o comércio tradicional. Os investigadores estudaram as tendências nos resultados do varejo de argamassas (tipo de cimento para colar pisos cerâmicos) antes e depois de um centro de distribuição ser estabelecido em condados próximos e comparam-nas com as tendências num grupo de controle de condados perto de onde os centros seriam construídos posteriormente.

Continuando, incrivelmente, já em 2002, o site mundial “Amazon” já detinha 39,5% das vendas do e-commerce (não de vendas totais, pois muitos varejistas - como no Brasil – também já vendiam diretamente, via seus sites, ou usando plataformas externas como tipo Mercado Livre). Em segundo lugar vinhas os 14 principais varejistas somados com 31,0% das vendas e, em terceiro, os demais varejistas de menores portes com 29,5% das vendas totais.

“Lá os grandes varejistas são forçados a vender online. Assim, para muitos varejistas, o crescimento do comércio eletrônico pode expandir o alcance das suas marcas e impactar positivamente seus resultados financeiros. Mas os varejistas/retalhistas que têm demorado a aderir ao mercado online são os que enfrentam os maiores desafios”.

“Em fevereiro de 2019, as vendas online ultrapassaram pela primeira vez as lojas de mercadorias em geral, incluindo lojas de departamentos, clubes de armazéns e super centros”.

‘Como o Amazon Prime reduzira o preço dos seus fretes, mais consumidores estavam confortáveis com as compras online, isto significou que os grandes varejistas tinham pouca escolha a não ser entrar no digital.’

“Para eles, também o comércio eletrônico pode ajudar as pequenas empresas a vender diretamente aos clientes. Para muitas pequenas empresas, a adoção do comércio eletrônico pode ser um processo lento. No entanto, aqueles que o abraçarem poderão descobrir que o comércio eletrônico pode abrir portas a novas oportunidades”.

Segundo a Consultoria americana Artios em novembro/2023, no EUA, “218,8 milhões de cidadãos fizeram compras online regularmente no e-commerce em 2023”.

O bom é que o fechamento de lojas caiu 38,8% em comparação com 2022 – o pior ano do varejo em fechamento de lojas desde 2008 – enquanto o número de demissões em 2023 caiu 21,3%. No entanto, o diretor do Center for Retail Research: “Esta ‘melhoria’ é provavelmente melhor vista como uma tendência que é ‘menos má’ em vez de ‘boa’ e não reflete qualquer força real no setor.”

Na verdade, ele acrescentou: “A crise do custo de vida, a inflação e os aumentos nas taxas de juros levaram muitos consumidores a apertar o cinto, reduzindo os gastos no varejo.” “Os próprios retalhistas sofreram custos crescentes de energia e de ocupação, escassez de pessoal e queda da procura, o que tornou excepcionalmente difícil a reconstrução dos lucros após o encerramento extensivo de lojas durante a pandemia.”

A notícia chega no momento em que os grandes varejistas enfrentam em abril o maior aumento de impostos em 33 anos.

https://www.retailgazette.co.uk/blog/2024/01/retail-jobs-lost-2023/  

Em 2023, conforme o site Retail Gazette dos EUA (gazeta do varejo) mais de 10.000 lojas fecharam e levando quase 120.000 empregos no varejo.

Vide a maioria dos dados sobre o e-commerce mundial, e suas tendencias NEFASTAS PARA OS EMPREGOS, PEQUENAS CIDADES E GOVERNOS (quase sem arrecadações e com muito mais problemas e despesas sociais para resolverem)

em inglês em:  

https://artios.io/ecommerce-statistics/#:~:text=of%20a%20business.-,e%2DCommerce%20Forecast%20For%202023%20And%202024,the%20end%20of%20the%20year

FIM

Brasília (DF) e Porto Seguro (BA), em 03 de abril de 2024

VIVAMELHOR AMBIENTAL CONSULTORIA

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