Desafios na previsão da safra 2023/24 no Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, divulgou o relatório de dezembro da Previsão Subjetiva de Safra (PSS) nesta quarta-feira (20), trazendo poucas alterações significativas nas projeções das culturas para a primeira safra de 2023/24 no Paraná.

O destaque recai sobre as perdas consolidadas na produção de feijão, estimada em 176,1 mil toneladas, enquanto as demais culturas mantêm projeções sem grandes mudanças.

No que se refere à soja, o relatório aponta que 34% das lavouras no estado já apresentam vagens formadas, um aumento considerável em comparação com os 18% registrados no mesmo período de 2022, especialmente nas regiões Norte e Oeste. A expectativa é de uma colheita total de 21,7 milhões de toneladas.

Quanto à batata de primeira safra, a produtividade teve uma queda significativa, passando de 31 mil quilos por hectare no ciclo anterior para 28 mil quilos nesta temporada. O agrônomo Paulo Andrade atribuiu essa redução, cerca de 15%, às chuvas no segundo semestre. Até o momento, 46% da área total de 14,7 mil hectares foram colhidos, sendo que 41% dessa colheita ainda não foram comercializados. Por outro lado, o tomate apresenta 93% dos 2,4 mil hectares plantados e 51% já colhidos, com quase toda a produção vendida.

No segmento de café, a estimativa é de abranger uma área de 25,7 mil hectares, praticamente equivalente à safra anterior de 25,9 mil hectares. A produção deve seguir uma tendência similar, atingindo 42,4 mil toneladas, ligeiramente inferior às 43,8 mil toneladas da safra 2022/23. O economista Paulo Sergio Franzini destacou que, embora o clima tenha sido favorável, algumas plantações não se recuperaram completamente da geada, projetando uma produção mais equilibrada para 2024.