Dólar tem efeito contrário no milho da B3
Em Chicago, o milho recua forte com possibilidade de aumento da safra, menor uso e queda do petróleo
De acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica, o dólar tem efeito contrário na B3 em um mercado importador de milho. “Em padrões normais, um dólar na casa de R$ 5,40 significaria uma alta nas bolsas de mercadorias relacionadas às commodities, já que, em teoria, a exportação estaria mais aquecida. Esta semana, porém, o movimento se confirmou contrário e, pelo quarto dia consecutivo, a B3 apresentou baixas em suas cotações”, comenta.
“Analistas afirmam ver um mercado bem ofertado e traders continuam considerando a conta da paridade de importação do milho em suas análises, onde hoje tem-se milho importado, por exemplo, a cerca de R$ 92,00 a saca, cerca de 10,68% abaixo dos preços do milho local posto nas fábricas de ração”, completa a consultoria. “Com isto, as cotações do milho na B3 para setembro fecharam em queda de R$ 1,06/saca no dia e de R$ 3,88 na semana a R$ 95,88/saca. Para novembro, recuaram R$ 1,11 no dia e R$ 3,80 na semana para R$ 96,49 e para janeiro22 recuaram R$ 0,86 no dia e R$ 3,59 na semana para R$ 98,00. Veja os demais fechamentos na tabela acima”, indica.
Em Chicago, o milho recua forte com possibilidade de aumento da safra, menor uso e queda do petróleo. “O milho fechou em forte queda de 11,25 cents/bushel ou 2,05% para setembro a $ 538,75. Levantamentos de campo do Pro Farmer Crop Tour indicaram projeções de produção bem superiores às propostas pelo último USDA (383 milhões de toneladas vs. 374 milhões de toneladas). Além disso, o temor de menor consumo interno para a produção de etanol pressionou os preços. O petróleo manteve tendência de queda, operando na mesma direção”, conclui.