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Mercado do milho

As cotações do milho registraram o mesmo comportamento verificado na soja


Foto: Eliza Maliszewski

As cotações do milho registraram o mesmo comportamento verificado na soja. Após recuo até a véspera do anúncio dos relatórios do USDA, as mesmas subiram a partir do dia 31/03, recuando um pouco na quinta-feira (01/04), quando o primeiro mês cotado ficou em US$ 5,59/bushel, contra US$ 5,46 uma semana antes. Destaque para a média de março, em Chicago, que ficou em US$ 5,52/bushel, com aumento de 0,36% sobre a média de fevereiro. A título de comparação, a média de março de 2020 foi de US$ 3,60/bushel, ou seja, passado um ano o bushel de milho, em termos médios, está valendo quase dois dólares a mais em Chicago.

O relatório de intenção de plantio apontou um aumento de menos de 1% na área de milho estadunidense, com a mesma devendo atingir a 36,87 milhões de hectares. O mercado esperava um percentual maior de aumento. Já os estoques de passagem, na posição de 1º de março, registraram um volume de 195,6 milhões de toneladas, com recuo de 3% sobre o mesmo mês de 2020. Estes números deram certa sustentação às cotações, porém, em menor intensidade, aparentemente, do que o verificado com a soja.

Dito isso, os embarques semanais de milho pelos EUA, na semana encerrada em 25/03, atingiram a 1,7 milhão de toneladas, ficando dentro do esperado pelo mercado. Com isso, o total exportado no atual ano comercial soma 33,7 milhões de toneladas, superando de longe os 18,2 milhões registrados na mesma época do ano anterior. A partir de agora, seguindo o quadro da soja, será o clima nos EUA e as condições e ritmo de plantio desta nova safra que indicarão os rumos das cotações do milho em Chicago.

No Brasil, os preços do milho se mantiveram firmes e com viés de alta em algumas praças. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 79,16/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços oscilaram entre R$ 70,00 em Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 94,00/saco em Itapetininga (SP). O CIF Campinas permaneceu em R$ 96,00/saco.

Enquanto isso, na B3, o último pregão da semana, antes do feriadão de Páscoa, abriu a quinta-feira (01/04) com os seguintes valores: contrato maio em R$ 97,20/saco; julho com R$ 92,99; setembro com R$ 86,90; e novembro com R$ 87,69/saco. Estes preços firmes ocorrem pelo baixo volume disponível em estoque, pelas incertezas quanto a produtividade que virá da safrinha, em função dos problemas climáticos existentes, e pela demanda que continua firme, já que a produção de carnes avança, puxada pelas exportações. Mas em ocorrendo uma colheita cheia na safrinha, mesmo que atrasada, a tendência é de redução nos preços internos do milho no segundo semestre, particularmente se o câmbio, finalmente, vier a níveis abaixo de R$ 5,50 como se espera.

Enquanto na Argentina a colheita avança para 15% da área total de milho, no Rio Grande do Sul as chuvas da semana anterior atrasaram a mesma. Mesmo assim, na virada do mês, algo em torno de 65% da área total já havia sido colhida, contra 57% na média histórica para esta data. (cf. Emater) Já no Paraná, a colheita da safra do milho verão chegava a 82% na virada do mês, enquanto o plantio da safrinha atingia o seu final (97% no início da corrente semana). (cf. Deral)

Por sua vez, no Mato Grosso o plantio da safrinha foi concluído nesta semana de forma definitiva. (cf. Imea) Também em Goiás este plantio está concluído, enquanto no Mato Grosso do Sul o mesmo atingia a 92% da área, continuando em atraso. A área total sul-matogrossense de milho safrinha deverá atingir a 2 milhões de hectares neste ano, com crescimento de 5,7% sobre o ano anterior.

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