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Mulheres mais atuantes na produção rural

Pimenta é um dos itens produzidos pela Associação Rede das Mulheres


Em 2010, 30,4% das mulheres com 16 anos ou mais não tinham nenhum rendimento. Entre as pessoas sem remuneração, o maior peso estava entre as rurais com 32,3% de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há dois anos e meio, as agricultoras familiares de um assentamento na zona rural de Sobradinho-DF trabalham na Associação das Flores do P.A Contagem. Elas plantam abóbora, mandioca, batata doce, milho e produzem pães, bolos e biscoitos na panificadora. A agroindústria é composta por 56 associadas que se dividem entre o campo e a cidade. Todas as integrantes possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e a maioria vende para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

De acordo com a presidente da associação, Maria das Dores de Morais Silva, muitas mulheres voltaram a estudar e procuram se qualificar para crescer pessoalmente e profissionalmente. “Nós buscamos ter qualidade de vida e procuramos agregar o máximo de valor aos nossos produtos” explica.

Recentemente, Maria das Dores adquiriu R$ 23 mil no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a produção de limão. Para a produção de banana-prata, ela solicitou R$ 28 mil pelo Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Governo do Distrito Federal (Prospera). Além de vender para o PAA, a presidente da associação deseja inserir as produtoras também no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Outro exemplo

Há cinco anos, a Associação Rede das Mulheres surgiu para valorizar o potencial da mulher dentro da propriedade de cada uma, para que ela não precise se deslocar para ter renda. Localizada em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a associação atende cerca de 100 agricultoras familiares, de 18 a 90 anos, e divididas em grupos elas produzem pimenta, frango, artesanato, piscicultura, farinha e biscoito. E vendem para o PAA, o Pnae e para a Central de Abastecimento do DF. 

Outro segmento que estão iniciando é o turismo rural. A Administração de Ceilândia e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CNDRS) estão cadastrando algumas propriedades que tenham potencial para o agroturismo.

Para o futuro, a presidente da Associação, Edileuza Laurentino, almeja uma cooperativa que possa atender um número maior de mulheres. “A partir das políticas públicas, as mulheres ganham autonomia. Porque quando o governo compra o produto delas, elas ficam mais independentes nas próprias residências”, afirma Edileuza.

 

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