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Por que o feijão não sobe mesmo com quebra?

Neste momento, o Paraná está colhendo e está vendendo


Foto: Pixabay

Muitos produtores e operadores do mercado de feijão estão levantado a questão da não subida nos preços da oleaginosa, já que existe quebra da safra e, teoricamente, existe menos produto no mercado. No entanto, o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe) afirma que a situação não é bem assim. 

“Ocorre que a quebra existe sim, porém não significa que não existam Feijões para atender a demanda de agora. Neste momento, o Paraná está colhendo e está vendendo. Todos os dias flui para os empacotadores o produto colhido naquele estado. O produto que não foi produzido, que deixou de existir por conta da estiagem, fará falta no final de junho e durante o mês de julho”, comenta.  

Nesse cenário, boa parte dos produtores do Paraná plantou esperando preços ao redor de R$ 210/220 e, ainda que tenha perdido por valores acima de R$ 250, se sente compelido a vender. “A necessidade de venda no Paraná, muitas vezes em função de não ter como secar ou até mesmo onde armazenar o Feijão colhido, seja preto ou carioca, faz com que os produtores que não estão associados a cooperativas ou mesmo que são associados daquelas cooperativas que não operam com Feijão tenham a necessidade de colher e vender. Por esta razão, há esta pressão vendedora que baixou os preços ao redor de R$ 20 por saca em Feijões-pretos e cariocas", completa. 

“Mas tenha em conta que o Feijão do Paraná é um produto afetado por diferentes fenômenos, desde a estiagem até chuva na colheita. Há peneira baixa, grãos irregulares, úmidos e manchados. Portanto, tecnicamente o valor é mais baixo por causa da qualidade. Ao mesmo tempo, vários compradores foram para aquele estado para atender sua demanda diária normal dos empacotadores”, conclui. 

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