Porque soja e milho despencaram nos EUA?
Fundamentalmente não há nada que possa fazer provocar uma quebra forte na Bolsa de Chicago
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Pixabay
Os contratos futuros da soja e do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) despencaram durante a tarde desta terça-feira, 30 de Março, e fecharam o dia com quedas de quase 2%. De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, potencializaram as baixas o volume de negociação moderado, além de fundos encerrando posições no fim do mês à espera do relatório de estoques trimestrais e intenção de plantio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“Além disso, o mercado também foi influenciado pela expressiva queda do óleo de soja, que chegou a atingir o limite de baixa. O contrato de julho de 2021 caiu 4,72%, a US$ 50,43 c/lp. Estima-se que os gestores de fundos venderam cerca de 11,2 mil contratos de soja e 14,9 mil contratos de milho”, explicam os analistas.
Segundo a Consultoria, fundamentalmente não há nada que possa fazer provocar uma quebra forte na Bolsa de Chicago: “Como motivos, destacamos que a seca que deve atingir a segunda safra de milho no Brasil é aguda e aumenta as incertezas. Além disso, os estoques finais de milho dos Estados Unidos devem ser menores e o produtor rural norte-americano não pode plantar 95 milhões de hectares (38,4 milhões de hectares) e 90 milhões de hectares (36,4 milhões de hectares), pois simplesmente não há terra agricultável suficiente para que tudo que foi plantado em 2021 aumente”.
“A menos que o relatório de estoques do USDA ofereça grandes surpresas de baixa para a soja e milho em Chicago, apenas passar pelo relatório já será um alívio para o mercado. Acreditamos que a volatilidade ainda será a marca registrada na Bolsa de Chicago por muitos meses. Esteja preparado!”, conclui a AgResource Brasil.