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Produtores seguram feijão e vendem soja e milho

Maioria diz que vai esperar para avaliar as perdas nas lavouras


Foto: Marcel Oliveira

O mercado de feijões continua muito calmo, aponta o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). Poucos negócios aconteceram, porém, no caso do Feijão-preto, o que se observa é que os produtores não estão dispostos a vender pelos preços que têm sido ofertados, abaixo de R$ 250. 

“Na verdade, boa parte dos produtores, ao serem sondados para vender, respondem que vão esperar para avaliar as perdas nas lavouras para depois pensar em vender. Muitos fazem as contas e comentam que, comparado com soja e milho, é melhor ficar com o feijão e vender o que tem melhor preço agora. Há muito tempo os produtores usam a paridade para determinar o valor que consideram razoável para vender. Até o momento, o feijão vai se tornando a menos atrativa alternativa de plantio”, diz a entidade.

De acordo com o presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders, acontece um paradoxo único no feijão e o governo não está percebendo: “Mesmo que os preços apareçam na imprensa com alta nos valores praticados de um ano para cá e com queda de consumo por conta do preço, a área não está aumentando. Uma coisa é o que se lê em relatórios da CONAB e outra é o que se vê no campo”. 

“A verdade é que, quando temos quebra de safra por estiagem, ela é mais nociva do que a quebra de safra por excesso de chuvas. Com muita chuva, o Feijão sai da estatística com quebra, mas acaba sendo secado, maquinado 4 ou 5 vezes, misturado aos poucos com Feijão um pouco melhor e acaba aparecendo nas prateleiras com preço baixo. Por outro lado, com seca a conversa é outra”, conclui Lüders.

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