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Safrinha preocupa e preço dispara

Com 75% do volume plantado fora da janela ideal, aumenta o risco de sofrer por geadas ou seca


Foto: Marcel Oliveira

A cotação do milho na Bolsa B3 (São Paulo) aproximou-se do patamar de R$ 100 por saca, com o contrato de maio de 2021 do cereal alcançando o patamar máximo de R$ 99,25. De acordo com a Consultoria AgResource brasil, o “mercado reflete o cenário incerto de produção e produtividade do milho segunda safra nas principais regiões produtoras do Brasil”. 

“Com 75% do volume plantado fora da janela ideal, aumenta o risco de a safra ser impactada por geadas ou diminuição das chuvas. Além disso, a demanda pelo produto segue aquecida, refletindo o temor de granjeiros com a possível falta do grão. Nos últimos dias, algumas regiões de Mato Grosso e Goiás receberam chuvas, o que trouxe certo alívio mas não tranquilidade. Os modelos climáticos aumentaram levemente as chuvas em Mato Grosso”, comentam os analistas da Consultoria.

A AgResource Brasil aponta que última atualização dos mapas climáticos norte-americanos indica tempo um pouco mais úmido em Mato Grosso e mais seco em outras áreas do milho safrinha: “O modelo GFS revela que o centro de alta pressão, localizado na região central do Brasil, está enfraquecendo, o que irá desviar a umidade tropical para o Sul”.

“Enquanto isso, o tempo seco retorna para todas as outras áreas nos próximos 7 a 14 dias. A previsão do tempo indica que não haverá retorno das chuvas regulares ou normais, o que é crucial para o desenvolvimento do milho segunda safra. Já as temperaturas devem ficar entre 26ºC e 32ºC. A AgResource segue preocupada com a safrinha no Brasil, com o principal período de reprodução entre o fim de abril e primeira quinzena de maio”, concluem os analistas. 

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