Seca no Sul sustenta cotações na B3
Em Chicago o milho fecha em nova alta, puxado pelo petróleo e possível demanda de etanol
O mês de novembro permaneceu seco na região Sul do Brasil e acabou sustentando as cotações na B3, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Ainda que reste quase dois meses para o início de alguma colheita de verão, o momento é crucial para o desenvolvimento das plantas”, comenta.
“Neste início de dezembro, a maior parte das lavouras na região sul, especialmente do Paraná e Santa Catarina, encontram-se na fase de pendoamento, que surge geralmente após a oitava semana, em que ocorre a determinação do tamanho da espiga, a queda das primeiras folhas, dentre outros importantes processos fenológicos. Cientificamente, é reconhecido como o estágio em que a planta apresenta maior intolerância ao estresse hídrico”, completa.
Tal preocupação foi suficiente para que a B3 se mantivesse operando em campo positivo neste início de semana, em que a precificação dos principais vencimentos beirou os R$ 95,00 por saca e subiu até +1,69%. “Com isto, os fechamentos do dia apresentaram-se da seguinte forma: O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 94,19 (+0,90%); março/22 fechou R$ 94,58 (+1,08%); maio/22 era negociado por R$ 89,40 (+0,81%) e o julho/22 tinha valor de R$ 85,30 (+0,65%)”, indica.
Em Chicago o milho fecha em nova alta, puxado pelo petróleo e possível demanda de etanol. “A cotação do milho para março22 fechou em leve alta de 0,04% ou 0,25 cents/bushel a $ 584,25. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 0,13% ou $0,75cents/bushel a $ 586,50. Sessão sem grandes variações, em um mercado sustentado pela recuperação dos preços do petróleo. Aguardam-se os dados do USDA WASDE, onde se destacam as grandes perspectivas de abastecimento na América do Sul”, conclui.