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Mancha de Alternária

(Alternaria tenuis) Culturas Afetadas: Beterraba

Esta doença é considerada de grande importância econômica, causando severas perdas principalmente em regiões de clima temperado. Na realidade, a mancha-de-Alternaria é produzida por um complexo de várias espécies do gênero Alternaria, muitas das quais são meros saprófitas.

A epidemia causada pelo complexo Alternaria varia com o tempo, parecendo ter um comportamento cíclico, que pode estar relacionado com os padrões climáticos, a cultivar plantada e as práticas culturais.

A mancha-de-Alternaria é uma doença amplamente distribuída nas regiões produtoras de fumo, havendo registros publicados da incidência de A. tenuis na cultura do fumo apenas na África do Sul e China.

Alternaria tenuis é um fungo extremamente onívoro, existem registros de incidência em mais de 10 gêneros diferentes de solanáceas e em espécies hospedeiras de mais de 40 famílias de plantas diferentes.

Danos: O sintoma típico da doença são numerosas lesões pequenas e marrons nas folhas. Os sintomas começam pelas folhas mais velhas, avançando para as folhas mais novas no alto da planta, e aparecem como pequenas manchas circulares, aquosas, marrons, com cerca de 10 mm de diâmetro, podendo crescer até atingir aproximadamente 30 mm de diâmetro, com freqüência, porém não sempre, estão rodeadas por um halo amarelo, que resulta da difusão de uma toxina produzida pelo fungo. Nas lesões maduras se observam anéis concêntricos escuros, que contêm as massas negras de conidióforos, e os conídios aparecem sob condições de alta umidade. As áreas infectadas das folhas mais velhas amadurecem prematuramente e morrem. Sob condições de alta umidade, as lesões podem coalescer e formar grandes áreas necróticas, comprometendo a qualidade da folha. Quando as condições favoráveis se prolongam, a severidade da doença aumenta, podendo provocar a queda das folhas.

Bioecologia: O fungo sobrevive na forma de micélio nas folhas infectadas deixadas no campo e nas hastes.

Os conídios são disseminados pelo vento e pelos respingos da água de chuva ou de irrigação por aspersão.

Períodos de chuva e orvalho prolongados, umidade relativa alta, temperaturas entre 16 - 31°C (ótimo de 20-25°C), excesso de fertilização nitrogenada e infecções radiculares por nematóides da galha são condições que favorecem o desenvolvimento da doença.

Controle: Uso de variedades resistentes a A. tenuis. A utilização de sementes sadias, limpas e adequadamente tratadas é fundamental para prevenir o estabelecimento da doença. Deve-se evitar as plantações muito adensadas, manter um estrito controle dos nematóides da galha, assim como a fertilização nitrogenada e a irrigação por aspersão excessiva.

Recomenda-se o uso de produtos registrados para as culturas.

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