Soja continua a perder espaço no internacional
Enquanto isso, as condições de seca no Brasil persistem
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Divulgação
A soja continua a pedir força ao óleo de soja no mercado internacional, cujos futuros ultrapassaram as máximas históricas mais uma vez, apoiado pelo comércio do óleo de palma em uma alta de 13 anos e pelos preços da canola também subindo. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.
“Os futuros da soja em Chicago dispararam para mais uma sessão na sexta-feira, com os contratos do mês anterior subindo mais de 15% desde 12 de abril, já que os fundamentos rígidos para grãos e fortes mercados de óleo vegetal continuam a sustentar os preços. Os contratos do primeiro mês de julho atingiram uma nova alta de vários anos e eram negociados a US$ 15,90/bu até o momento desta publicação, 1,3% acima no dia e acumulando 4,3% de ganhos desde o início da semana”, comenta. “Os futuros da nova safra subiram ainda mais acentuadamente durante a semana, com a maioria dos contratos subindo mais de 6%, já que os fundamentos sugerem que o aperto do mercado pode persistir”, completa.
Enquanto isso, as condições de seca no Brasil persistem e o inevitável rebaixamento da safra de milho safrinha do país, as estimativas continuam assustando os mercados, pois qualquer problema que afete a safra dos EUA provavelmente exigirá um racionamento de demanda. “Os vendedores americanos relataram vendas de exportação in natura de 1,36 milhão de toneladas de milho para a China para entrega em 2021/22, o que também pesou no já apertado mercado de milho”, completa.
“O dólar voltou a cair nesta sexta-feira, fechando numa mínima em quase quatro meses e contabilizando a maior queda semanal desde dezembro, com reação a ingressos de recursos e a um contínuo movimento de desmonte de posições compradas na moeda norte-americana por perspectiva de mais alta de juros no Brasil e de permanência de estímulos globais”, indica.