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Vale a pena comprar ações de grandes frigoríficos?

No médio-longo prazo, enxerga-se uma combinação positiva de fatores


Foto: Pixabay

Investir em ações de grandes empresas ligadas à cadeia da carne pode ser uma ótima opção nos tempos atuais. O momento turbulento dos mercados no Brasil sugere a busca de uma alternativa exposta ao cenário internacional, e o setor de proteínas animais tem fundamentos sólidos e perspectivas positivas para o futuro.

“Basicamente, empresas como JBS, Marfrig e Minerva vivem de operar essa margem entre o preço dos animais e o preço da carne. Essas gigantes são verdadeiras multinacionais. Grande parte da produção de carne é exportada — ou seja, além de precisarmos monitorar os preços domésticos da carne, precisamos entender também quanto os americanos/chineses/europeus/etc estão pagando”, explica Larissa Pérez, analista de alimentos e bebidas na XP Investimentos.

A agência recomenda “compra para as ações da Marfrig, com preço alvo de R$ 18/ação. No médio-longo prazo, enxergamos uma combinação positiva de fatores: (i) consumo em alta por alimentos, sobretudo no canal de supermercados; (ii) real depreciado frente ao dólar favorece empresas exportadoras, como a Marfrig; (iii) normalização da demanda por proteína na China, que segue afetada pela Peste Suína Africana”. 

Para 2021, aponta Larissa Pérez, a leitura é de acomodação frente a resultados historicamente favoráveis nos trimestres anteriores: “Mas seguimos otimistas com a operação nos EUA e entendemos que as ações ainda oferecem um potencial de alta relevante”.

“A Marfrig uma das maiores produtora de proteína do mundo, com foco em carne bovina – a empresa também conta com uma linha de proteína vegetal, desenvolvida por meio de uma joint-venture com a ADM chamada PlantPlus. A empresa tem capacidade de abate de cerca de 30 mil cabeças por dia, divididos entre: 13 mil nos EUA; 12 mil no Brasil; 4 mil no Uruguai e mil na Argentina. Por outro lado, quanto às receitas, cerca de 70% vem da operação da América do Norte; apenas os outros 30% vem da América do Sul. Adicionalmente, como mais de 60% das receitas da América do Sul vem de exportações, quase 90% das receitas da empresa são em dólar”, conclui.

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