
Podridão seca
(Phomopsis sojae) Culturas Afetadas: Soja
Teleomorfo: Diaporthe phaseolorum var sojae
Identificado pela primeira vez na safra 1988/89, no sul do Estado do Paraná e em área restrita no Mato Grosso, na safra seguinte foi encontrado em todas as regiões produtoras de soja do País, tendo, até a safra 96/97, causado, ao nível nacional, perda estimada em US$ 500 milhões.
Danos: Uma vez introduzido na lavoura através de sementes e de resíduos contaminados em máquinas e implementos agrícolas, o fungo multiplica-se nas primeiras plantas infectadas e, posteriormente, durante a entressafra, nos restos de cultura. Iniciando com poucas plantas infectadas no primeiro ano, o cancro da haste pode causar perda total, na safra seguinte.
O fungo é altamente dependente de chuvas para disseminar os esporos dos restos de cultura para as plântulas em desenvolvimento. Quanto mais freqüentes forem as chuvas nos primeiros 40 a 50 dias após a semeadura, maior a quantidade de esporos do fungo que serão liberados dos restos de cultura e atingirão as hastes das plantas. Após esse período, a soja estará suficientemente desenvolvida e a folhagem estará protegendo o solo e os restos de cultura do impacto das chuvas, portanto, liberando menos inóculo. Além das condições climáticas, os níveis de danos causados à soja dependem da suscetibilidade, do ciclo da cultivar e do momento em que ocorrer a infecção. Como o cancro da haste é uma doença de desenvolvimento lento (demora de 50 a 80 dias para matar a planta), quanto mais cedo ocorrer a infecção e quanto mais longo for o ciclo da cultivar, maiores serão os danos. Nas cultivares mais suscetíveis, o desenvolvimento da doença é mais rápido, podendo causar perda total. Nas infecções tardias (após 50 dias da semeadura) e em cultivares mais resistentes, haverá menos plantas mortas, com a maioria afetada parcialmente.
Controle: O controle da doença exige a integração de todas as medidas capazes de reduzir o potencial de inóculo do patógeno na lavoura: uso de cultivares resistentes, tratamento de semente, rotação/sucessão de culturas, manejo do solo com a incorporação dos restos culturais, escalonamento de épocas de semeadura, e adubação equilibrada. Só utilizar guandu ou tremoço como adubo verde antes da cultura da soja na certeza de utilizar cultivar de soja resistente. O uso de cultivar resistente é a forma mais econômica e eficiente de controle do cancro da haste. Em áreas de semeadura direta, mesmo com histórico de cancro da haste na safra anterior, o uso de cultivares resistentes oferecerá bons rendimentos.
Produtos indicados
Acronis
FungicidaEmpresa: Basf
Ingrediente: Piraclostrobina; Tiofanato Metílico
Culturas:
Acronis UBS
FungicidaEmpresa: Basf
Ingrediente: Piraclostrobina; Tiofanato metílico
Culturas:
Agrotop/Pilardifen/Ditor 250 TM
FungicidaEmpresa: Pilarquim
Ingrediente: Difenoconazol
Culturas:
Bendazol
FungicidaEmpresa: Adama
Ingrediente: Carbendazim
Culturas:
Captan SC
FungicidaEmpresa: Adama
Ingrediente: Captana
Culturas:
Carbendazim Nortox
FungicidaEmpresa: Nortox
Ingrediente: Carbendazim
Culturas:
Celest XL
FungicidaEmpresa: Syngenta
Ingrediente: Difenoconazol; Fludioxonil
Culturas:
Cerimônia
FungicidaEmpresa: Ascenza
Ingrediente: Difenoconazol
Culturas:
Certeza N/Firmeza N
FungicidaEmpresa: Iharabras
Ingrediente: Tiofanato-Metílico; Fluazinam
Culturas:
Cricen
FungicidaEmpresa: Syngenta
Ingrediente: Metalaxil-M; Tiabendazol; Fludioxonil; Tiametoxan
Culturas: