Patriota/Oxi 0104 BF (D1)/Oxi 0104 BF (D2) CI

Geral
Nome Técnico:
Tebuconazol; Trifloxistrobina; Oxicloreto de Cobre
Registro MAPA:
12923
Empresa Registrante:
Oxiquímica
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Tebuconazol 90 g/L
Trifloxistrobina 75 g/L
Óxido de cobre 420 g/L
Classificação
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Fungicida, Bactericida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Ação multissítio, Sistêmico

Tipo: Balde
Material: Metálico/Plástico
Capacidade: 30 L;

Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 60 L;

Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 2 L;

Tipo: Contentor intermediário para granel- IBC
Material: Plástico/Metálico com estrutura metálica externa
Capacidade: 1.200 L;

Tipo: Tambor estacionário
Material: Metálico
Capacidade: 27.000 L.

INSTRUÇÕES DE USO

O produto é um fungicida/bactericida sistêmico e de contato, composto pelos ingredientes ativos Tebuconazol (Biossíntese de esterol em membranas), Trifloxistrobina (Respiração) e Oxicloreto de cobre (Inibidor Multissítio). Deve ser utilizado em pulverizações preventivas para o controle de doenças conforme recomendações abaixo.

MODALIDADE DE USO

Aplicação Foliar.

Número, Época e Intervalo de Aplicação

OBSERVAÇÃO

As doses variam de acordo com a incidência da doença e/ou período de controle. Em caso de alta incidência e maior desenvolvimento da cultura, utilizar a maior dose recomendada. Não exceder as doses recomendadas e o número de aplicações.

AMENDOIM

Iniciar as aplicações de forma preventiva, repetindo em intervalos de 10 a 15 dias. Reaplicar quando houver condições favoráveis às doenças, sempre de maneira preventiva. Utilizar 02 aplicações. Utilizar a maior dose e menor intervalo em condições altamente favoráveis para a doença.

Volume de calda 150 L/ha.

ERVILHA

Iniciar as aplicações de forma preventiva, repetindo em intervalos de 10 a 15 dias. Reaplicar quando houver condições favoráveis às doenças, sempre de maneira preventiva. Utilizar 02 aplicações. Utilizar a maior dose e menor intervalo em condições altamente favoráveis para a doença. Volume de calda 150 L/ha. Adicionar o óleo mineral/adjuvante ORIX® AD ou óleo mineral/adjuvante recomendado pelo registrante/fabricante à calda após o produto. Não exceder a concentração de 0,5 % do volume de calda ou a recomendação descrita na bula do adjuvante.

FEIJÃO

Iniciar as aplicações de forma preventiva, repetindo em intervalos de 10 a 15 dias. Reaplicar quando houver condições favoráveis às doenças, sempre de maneira preventiva. Utilizar 02 aplicações. Utilizar a maior dose e menor intervalo em condições altamente favoráveis para a doença. Volume de calda 150 L/ha. Adicionar o óleo mineral/adjuvante ORIX® AD ou óleo mineral/adjuvante recomendado pelo registrante/fabricante à calda após o produto. Não exceder a concentração de 0,5 % do volume de calda ou a recomendação descrita na bula do adjuvante.

SOJA

Iniciar as aplicações (preventivas), no início do período de florescimento (R1), com intervalo de 14 dias entre as aplicações. Utilizar 02 aplicações. A maior dose deve ser utilizada para situações de maior pressão da doença (variedades mais suscetíveis e/ou histórico da doença na região), associadas a condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo. Volume de calda: 150 L/ha.

Observação

Em condições que favoreçam o aparecimento da doença antes do florescimento (R1), iniciar as aplicações preventivamente. Adicionar 0,5% do volume de calda de aplicação, do óleo mineral/adjuvante ORIX® AD ou óleo mineral/adjuvante recomendado pelo registrante/fabricante.

Modo de aplicação

Deve ser aplicado nas dosagens recomendadas, diluído em água limpa e aplicado na forma de pulverização aérea e/ou terrestre, para as culturas registradas.

Preparo da Calda

O responsável pela preparação da calda deve usar equipamento de proteção individual (EPI) indicado para esse fim. Colocar água limpa de boa qualidade, de forma que o pH final da calda seja = 5, ideal para a aplicação do produto, no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda.

Intervalo de Reentrada de Pessoas nas Culturas e Áreas Tratadas

Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPI’s) recomendados para o uso durante a aplicação. Limitações de uso: A utilização do produto está restrita ao indicado no rótulo e/ou bula. O produto quando diluído em água deverá ser utilizado no mesmo dia. Após as aplicações, lavar interna e externamente os pulverizadores, reservatórios, etc.

Fitotoxidade

O produto não é fitotóxico para a cultura indicada na dose e condições recomendadas.

RESTRIÇÕES DE USO/RECOMENDAÇÕES/INCOMPATIBILIDADES

O produto quando diluído em água deverá ser utilizado no mesmo dia. As águas de pulverização devem ser de boa qualidade, de forma que o pH final da calda seja = 5 e menor que 8, ideal para a aplicação do produto. Após as aplicações, lavar interna e externamente os pulverizadores, reservatórios, etc. Incompatibilidades: não há casos identificados de incompatibilidades.

INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO A SEREM UTILIZADOS

A aplicação terrestre com pulverizadores de barra horizontal e vertical com o produto é recomendada para todas as culturas indicadas nesta bula. Seguir as recomendações abaixo para uma correta aplicação:
Aplicação terrestre com pulverizadores de barra horizontal

Pode-se utilizar pulverizador autopropelido, de arrasto ou acoplados a trator, de jato transportado (vortex) e pulverizador costal manual ou costal pressurizado. Utilizar modelos de pontas de pulverização de energia hidráulica dos tipos cone ou leque, sempre atendendo aos limites de pressão mínima para cada modelo de ponta. Aplicação terrestre com pulverizadores de barra vertical: pode-se utilizar pulverizador autopropelido, de arrasto ou acoplados a trator, de jato transportado (turbo atomizadores) e pulverizador costal manual ou costal pressurizado. Utilizar modelos de pontas de pulverização de energia hidráulica dos tipos cone vazio ou cone cheio, sempre atendendo aos limites de pressão para cada modelo de ponta. Ficar atento a recomendação de espaçamentos e posicionamentos dos bicos de acordo com a altura das plantas, conforme indicação no catálogo de pontas de pulverização do fabricante.

Equipamento de aplicação

Antes de realizar a aplicação de produtos fitossanitários inspecionar os componentes do circuito hidráulico do pulverizador. Verifique se há vazamentos e se houver repare adequadamente. Verifique se as partes móveis do pulverizador estão protegidas e sempre fique atento para evitar acidentes. Verifique se o sistema de agitação de calda dentro do tanque do pulverizador está promovendo a agitação constante da calda. Verifique se os filtros estão limpos, desobstruídos e se estão com malha adequada (recomenda-se filtros de 50 a 80 mesh). Verifique o funcionamento do manômetro. Verifique se há presença de mangueiras mal posicionadas sobrepondo e/ou interferindo na aplicação, de forma a evitar falhas ou desuniformidade da aplicação. Verifique a uniformidade de vazão das pontas de pulverização e caso haja alteração superior a 10% de uma ou mais pontas em relação as demais proceder com a substituição da(s) ponta(s) com vazão alterada(s) por nova(s) ponta(s). Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula.

Seleção de pontas de pulverização para pulverizadores convencionais

A seleção correta da ponta de pulverização é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura e retenção do produto no alvo, assim como na mitigação de deriva. Recomenda-se que, independentemente de ponta de pulverização do tipo leque ou cone, considerar as condições meteorológicas do momento da aplicação utilizando pontas que apresentem classe de gotas finas ou médias com os respectivos valores para Dv0.1(diâmetro da gota, para o qual 10% do volume pulverizado apresenta gotas de diâmetro inferior a ele), Dv0.5 (diâmetro da gota, para o qual 50% do volume pulverizado apresenta gotas de diâmetro inferior a ele) e Dv0.9 (diâmetro da gota, para o qual 90% do volume pulverizado apresenta gotas de diâmetro inferior a ele).
Sob condições meteorológicas de ventos inferiores a 10 km/h, temperatura inferiores a 250C e umidade relativa do ar superior a 60% recomenda-se Dv0.1 = 100 micra, Dv0.5 entre 136 e 177 micra e Dv0.9 = 300 micra.
Sob condições meteorológicas de ventos entre 10 e 15 km/h, temperatura entre 25 e 300C e umidade relativa do ar entre 50 e 60% recomenda-se Dv0.1 = 150 micra, Dv0.5 entre 177 e 218 micra e Dv0.9 = 350 micra.
A amplitude relativa do diâmetro de gotas (SPAN) das pontas de pulverização adotadas deve apresentar valores mais próximos possíveis de 1 para garantir deposição uniforme do produto.
Sempre verificar se a taxa de aplicação (litros por hectare) adotada está resultando em deposição adequada do produto (sem falhas ou escorrimento) nos terços inferior, médio e superior das plantas e ou partes externas e internas das plantas.
Em caso de dúvida quanto à seleção das pontas de pulverização, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante no catálogo de pontas ou bicos de pulverização.
Seleção de pontas de pulverização para pulverizadores eletrostáticos: a seleção correta do espectro de gotas é um dos parâmetros mais importantes para performance dos pulverizadores eletrostáticos. Recomenda-se pontas de pulverização do tipo cone que apresentem classe de gotas muito finas (Dv0.5 entre 80 e 120 micra).
Com esta técnica de aplicação as condições meteorológicas devem ser rigorosamente monitoradas levando em consideração a presença de ventos inferiores a 10 km/h, temperatura inferiores a 30ºC e umidade relativa do ar superior a 50%.
Em caso de dúvida quanto à seleção das pontas de pulverização, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante do sistema de aplicação eletrostático.

Velocidade do equipamento

Selecionar a velocidade de pulverização adequada às condições do terreno e do equipamento, com vistas a minimizar as oscilações verticais e horizontas nos pulverizadores de barra de pulverização horizontal e, consequentemente, evitar distribuição desuniforme do produto aplicado. Nestes tipos de pulverizadores a aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resulta em menor oscilação da barra e menor arraste das gotas pelo vento, consequentemente, melhor cobertura e deposição do produto na área alvo. Em pulverizadores equipados com controlador de vazão atentar com relação a influência da velocidade de deslocamento do pulverizador na pressão de trabalho. Nestes equipamentos, quando adotada baixa velocidade de deslocamento há produção de gotas maiores e o risco de falha na abertura do leque aspergido com gotas, por outro lado, em alta velocidade de deslocamento há produção de gotas menores e maior potencial de deriva.

Pressão de trabalho

Observar sempre a recomendação do fabricante no catálogo da ponta de pulverização quanto aos limites de pressão mínima e máxima para o modelo de ponta adotado, considerando o volume de aplicação (litros por hectare) e o tamanho de gotas desejado. Para pontas de pulverização de energia hidráulica dos tipos cone e leque quando em menores pressões de trabalho há produção de gotas maiores e em maiores pressões de trabalho há produção de gotas menores e mais propensas a deriva. Recomenda-se adotar pressões intermediárias de acordo com o catálogo do fabricante de pontas. Para pulverizadores de barra horizontal evite pressões iguais ou inferiores a 20 PSI para evitar deficiência de vazão devido a presença do anti-gotejo no corpo dos bicos de pulverização. Da mesma forma evite pressões superiores a 80 PSI para evitar o desgaste prematuro das pontas e riscos de danificar o circuito hidráulico do pulverizador. E sempre que for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas de maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho. Para pulverizadores de barra vertical recomenda-se mínima de 4 Bar ou 60 PSI e máxima de 15 Bar ou 210 PSI, em complemento, sempre verifique o posicionamento dos bicos em relação a cultura para evitar a aplicação em áreas não alvo.

Altura de barras para pulverizadores de barra horizontal

A barra deverá estar posicionada em distância adequada para distribuição uniforme do produto no alvo, conforme recomendação do fabricante de pontas de pulverização. A altura ideal da barra de pulverização está diretamente ligada ao espaçamento entre bicos e ao ângulo de abertura do jato aspergido da ponta. Menores espaçamentos entre bicos permitem o uso de menores alturas de barra. Já quanto ao ângulo de abertura do jato aspergido pela ponta, maiores ângulos permitem menores alturas de barra. Sempre que for dimensionar a altura da barra de pulverização considerar a planta mais alta na área onde será realizado o tratamento fitossanitário. Menores distâncias do que o ideal, podem provocar desuniformidade de distribuição do produto. Por outro lado, quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e pelo vento.

Aplicação Aérea

Sempre respeitar as distâncias seguras obrigatórias conforme Instrução Normativa (IN) 2/2008 do MAPA que exige 250 metros de distância em relação a aglomerados animais, recursos hídricos, mananciais e moradias isoladas e 500 metros de distância de centros urbanos e bairros de cidades. Sempre monitorar a direção do vento, sendo recomendado aplicações com vento de través ou de proa.
Sempre contratar o serviço de aplicação aérea de empresas especializadas e legalizadas, sob orientação de um Engenheiro Agrônomo e outras exigências da lei vigente. A aplicação deve ser interrompida, imediatamente, caso qualquer pessoa, área, vegetação, animais ou propriedades não envolvidas na operação sejam expostos ao produto.
Por se tratar também de um produto de contato (Oxicloreto de Cobre) de ação multissítio, o produto, este deverá ser aplicado de modo a proporcionar uma melhor e mais uniforme cobertura possível das folhas, ramos e frutificações, tanto na parte interna como externa da planta. Logo, seguir todas as recomendações e orientações desta bula. A aplicação aérea com o produto é recomendada para todas as culturas indicadas nesta bula.

Equipamento de aplicação

Proceder com a calibração e regulagem da aeronave para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Verificar se a vazão dos bicos está adequada para a velocidade de voo, faixa de aplicação e volume de calda adotados, assim evitando a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula quanto a dose e volume de aplicação.

Volume de aplicação (taxa de aplicação)

Recomenda-se o volume de aplicação entre 10 a 50 litros por hectare. A mistura em tanque com outros produtos pode exigir adequação da taxa de aplicação. Não há necessidade de uso de bicos na região da barriga da aeronave se adotado volume de aplicação inferior a 30 L/ha.

Seleção de pontas de pulverização

A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Utilizar pontas de pulverização de energia hidráulica (bicos leque ou disc core) para volumes de aplicação superiores a 10 L/ha adequando a quantidade de pontas e vazão exigida para o volume de aplicação escolhido. Utilizar bicos de energia centrifuga (bicos atomizadores rotativos) para volumes de aplicação inferiores a 15 L/ha adequando a quantidade de bicos e vazão exigida para o volume de aplicação escolhido. Em aeronaves configuradas com bicos leque ou disc core não ultrapassar 75% do uso da asa com bicos na barra.
As melhores configurações de bicos na barra devem ser:

a) Toda barra preenchida com bicos;
b) Barra preenchida de forma imediatamente alternada com e sem bicos.
Em aeronaves configuradas com bicos atomizadores rotativos não ultrapassar 65% do uso da asa com bicos na barra. As melhores configurações de bicos atomizadores rotativos são com espaçamento = 50 cm entre a fuselagem e os primeiros bicos da raiz da asa direita e esquerda.
Para atender ao espectro de gotas recomendado, em aeronaves configuradas com bicos leque ou disc core deverão ser realizados ajustes na pressão e na angulação dos bicos na barra. Já para aeronaves configuradas com bicos deverá ser ajustado o ângulo das pás.
Recomenda-se que, independentemente de ponta de pulverização do tipo leque ou cone, considerar as condições meteorológicas do momento da aplicação utilizando pontas que apresentem classe de gotas finas ou médias com os respectivos valores para Dv0.1(diâmetro da gota, para o qual 10% do volume pulverizado apresenta gotas de diâmetro inferior a ele), Dv0.5 (diâmetro da gota, para o qual 50% do volume pulverizado apresenta gotas de diâmetro inferior a ele) e Dv0.9 (diâmetro da gota, para o qual 90% do volume pulverizado apresenta gotas de diâmetro inferior a ele).
Sob condições meteorológicas de ventos inferiores a 10 km/h, temperatura inferiores a 250C e umidade relativa do ar superior a 60% recomenda-se Dv0.1 = 100 micra, Dv0.5 entre 136 e 177 micra e Dv0.9 = 300 micra.
Sob condições meteorológicas de ventos entre 10 e 15 km/h, temperatura entre 25 e 300C e umidade relativa do ar entre 50 e 60% recomenda-se Dv0.1 = 150 micra, Dv0.5 entre 177 e 218 micra e Dv0.9 = 350 micra.
A amplitude relativa do diâmetro de gotas (SPAN) das pontas de pulverização adotadas deve apresentar valores mais próximos possíveis de 1 para garantir deposição uniforme do produto.
Sempre verificar se a taxa de aplicação (litros por hectare) adotada está resultando em deposição adequada do produto nos terços inferior, médio e superior das plantas. Em caso de dúvida quanto a seleção das pontas de pulverização, pressão de trabalho, faixa de aplicação e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante no catálogo dos bicos de pulverização.

Pressão de trabalho

Observar sempre a recomendação do fabricante no catálogo de bicos de pulverização quanto aos limites de pressão mínima e máxima para o modelo de bico adotado, considerando o volume de aplicação (litros por hectare) e o tamanho de gotas desejado. Independentemente do tipo de bicos adotar pressão mínima de 30 PSI para facilitar o fluxo de calda na barra. Para pontas de pulverização de energia hidráulica dos tipos cone e leque quando em menores pressões de trabalho (inferior a 20 PSI) há produção de gotas finas devido a quebra destas gotas em contato com o ar em alta velocidade. Já em pressões altas (acima de 60 PSI) para alguns bicos de pulverização pode haver maior produção de gotas finas e, consequentemente, deriva. Portanto, recomenda-se adotar pressões intermediárias (entre 30 e 50 PSI).

Altura de voo e faixa de aplicação

Altura de voo deverá ser de no mínimo 25% da envergadura total da aeronave e de no máximo de 50% da envergadura total da aeronave. Por exemplo, para aeronaves com envergadura de 12 metros adotar a altura mínima de 3 m e a altura máxima de 6 m. O dimensionamento da faixa de aplicação efetiva da aeronave evita sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação, realize a avaliação com uso da técnica de espectrometria de fio ou com uso de papeis hidrossensíveis. Todos os componentes do circuito hidráulico da aeronave devem estar inspecionados e com funcionamento adequado, sendo que o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva, minimizando assim o risco de contaminação de áreas adjacentes.

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

Velocidade do vento

A velocidade do vento adequada para pulverização deve estar entre 5 e 15 km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação. A ausência de vento no início do dia e no final da tarde pode indicar situação de inversão térmica e a aplicação deve ser reavaliada. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento e o aplicador deve estar familiarizado com estes padrões. Ventos e rajadas acima destas velocidades favorecem a deriva e contaminação das áreas adjacentes. Sempre verifique a direção do vento antes de realizar a aplicação. Não é recomendada aplicação com vento de calda, ou seja, no mesmo sentido de voo da aeronave. –

Temperatura e umidade relativa do ar

Aplicar apenas em condições ambientais favoráveis de alta umidade relativa do ar e baixas temperaturas. Não seguir estas diretrizes aumenta o risco de perdas, falhas e erros na aplicação, reduzindo a eficácia do produto e aumentando o potencial de deriva. Evitar aplicações em condições de umidade relativa do ar menores que 50% e temperaturas maiores que 30ºC. Não aplicar o produto em temperaturas muito baixas (inferiores a 10ºC) ou com previsão de geadas.

Período de chuvas

Não aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho. É recomendo que seja realizado o arquivamento de todos os dados referentes as condições de aplicação durantes as aplicações. As condições de aplicação poderão ser alteradas a critério do Engenheiro Agrônomo da região.

O potencial de deriva é determinado pela interação de fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). Adotar práticas que reduzam a deriva é responsabilidade do aplicador.

LIMPEZA DE TANQUE

Logo após o uso, limpar completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem antes de utilizá-lo na aplicação de outros produtos/culturas. Recomenda-se a limpeza de todo o sistema de pulverização após cada dia de trabalho, observando as recomendações abaixo:
- Antes da primeira lavagem, assegurar-se de esgotar ao máximo a calda presente no tanque.
- Lavar com água limpa, circulando a água por todo o sistema e deixando esgotar pela barra através das pontas utilizadas. A quantidade de água deve ser a mínima necessária para permitir o correto funcionamento da bomba, agitadores e retornos/ aspersores internos do tanque.
- Encher novamente o tanque com água limpa e manter o sistema de agitação acionado por no mínimo 15 minutos.
- Proceder o esgotamento do conteúdo do tanque pela barra pulverizadora à pressão de trabalho.
- Retirar as pontas, filtros, capas e filtros de linha quando existentes e colocá-los em recipiente com água limpa.
- Realizar a terceira lavagem com água limpa e deixando esgotar pela barra. Para aeronaves e pulverizadores terrestres, a água de enxague deve ser descartada na própria área aplicada, a limpeza e descarte devem ser efetuados em local adequado.
- Todas as condições descritas acima para aplicações terrestres e aéreas poderão ser alteradas a critério do Engenheiro Agrônomo da região, observando-se as indicações de bula. Observar também as orientações técnicas dos programas de manejo integrado e de resistência de pragas.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de doenças (MID), envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle (Controle Químico, Cultural, Biológico, Genético e Físico). O uso de sementes sadias, variedades resistentes, rotação de culturas, época adequada de semeadura, adubação equilibrada, uso de fungicidas adequados, manejo de pragas e plantas daninhas, manejo da irrigação e outros, visam o melhor equilíbrio do sistema de tal modo a manter a população do patógeno abaixo do limiar de dano econômico.

Qualquer agente de controle de doenças poderá ficar menos efetivo ao longo do tempo (uso sucessivo de fungicidas de mesmo mecanismo de ação) se o patógeno alvo desenvolver algum mecanismo de resistência, levando a perda de eficiência do produto e consequente prejuízo. O produto é um fungicida/bactericida sistêmico e de contato, composto pelos ingredientes ativos Tebuconazol (Biossíntese de esterol em membranas), Trifloxistrobina (Respiração) e Oxicloreto de cobre (Inibidor Multissítio). Este produto, que contém ingrediente ativo com ação multissítio, não possui relatos de resistência para alvos e cultura indicados, porém o Comitê Brasileiro de Ação a Resistência a Fungicidas (FRAC-BR) recomenda as seguintes estratégias de manejo de resistência à fungicidas visando prolongar a vida útil dos fungicidas:
- Não utilizar mais de duas aplicações na cultura da Soja com o mesmo tipo de produto fungicida, e utilizar a rotação de fungicidas (alternância) com mecanismos de ação distintos para o controle do mesmo alvo, sempre que possível;
- Qualquer produto para controle de patógenos do mesmo grupo químico ou modo de ação não deve ser utilizado em gerações consecutivas do mesmo patógeno. Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, controles culturais, cultivares, cultivares com gene de resistência quando disponíveis, etc.;
- Utilizar as recomendações do fungicida somente na época, dose e nos intervalos de aplicação de acordo com a bula do produto;
- Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação, manejo de resistência e consequente manutenção de eficácia dos fungicidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de fungos patogênicos devem ser consultados e, ou informados à Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF: www.sbfitopatologia.org.br), Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).

GRUPO 3 FUNGICIDA
GRUPO 11 FUNGICIDA
GRUPO M01 FUNGICIDA

O produto é composto por Tebuconazol, Trifloxistrobina e Oxicloreto de cobre, que apresentam mecanismo de ação distintos, sendo que o Tebuconazol atua na biossíntese de esterol em membranas: O sítio de ação é a C14-desmetilase na biossíntese de esterol (erg11/cyp51) (Grupo 3), a Trifloxistrobina age na Respiração, atuando no complexo III: citocromo bc1 (ubiquinol oxidase) no sítio Qo (Grupo 11) e o Oxicloreto de cobre possui ação de contato multissítio (Grupo M01) segundo a classificação internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas).

RECOMENDAÇÕES SOBRE MANEJO DE RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS PARA A FERRUGEM DA SOJA

O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população de patógenos resistentes a esse grupo específico de mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e consequente prejuízo. Como prática para retardar a queda de eficiência dos fungicidas ao fungo causador da Ferrugem Asiática da Soja, seguem algumas recomendações:
- Aplicação alternada de fungicidas formulados, rotacionando os mecanismos de ação distintos dos Grupos 3 e 11 sempre que possível e mesmo que disponível nunca utilizar apenas um mecanismo de ação isoladamente;
- Respeitar o vazio sanitário e eliminar plantas de soja voluntária;
- Semear cultivares de soja precoce, concentrando a semeadura no início da época recomendada para cada região (adotar estratégia de escape);
- Evitar cultivar soja em segunda época de semeadura;
- Utilizar cultivares com gene de resistência incorporado, quando disponíveis;
- Semear a soja com a densidade de plantas que permita bom arejamento foliar, não ultrapassando o índice de área foliar (IAF) ideal para cada região, isso permite melhor cobertura foliar pelo fungicida;
- Adotar outros métodos de controle da população de patógenos, seguindo as boas práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, uso de sementes sadias, adubação equilibrada, manejo de irrigação e demais controles culturais;
- Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis do agente causador de doenças a ser controlado;
- Utilizar o fungicida somente na época, na dose e nos intervalos de aplicação recomendados;
- Realizar o monitoramento da doença na cultura e na região;
- Adotar estratégia de aplicação preventiva;
- Respeitar intervalo máximo de 14 dias de intervalos entre aplicações;
- Realizar, no máximo, o número de aplicações do produto conforme descrito em bula;
- Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e manutenção da eficácia dos fungicidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de fungos patogênicos devem ser consultados e/ou informados à Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF: www.sbfitopatologia.org.br), Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).

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