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Adubação orgânica - Qualidade/valor do adubo orgânico

Como avaliar a capacidade de fornecimento de nutrientes em um adubo orgânico?



Os adubos orgânicos são comercializados em unidades de volume, mas a capacidade de fornecimento dos nutrientes e condicionadores de solo são calculados com base na massa seca do produto, pois é a massa seca que determina os teores de nutrientes e matéria orgânica. Logo, para sabermos a capacidade de fornecimento de nutrientes de um fertilizante orgânico, precisamos converter o volume da carga em quantidade de massa seca. Às vezes encontramos adubos misturados com solo ou areia, além de elevado teor de umidade, e como a densidade do solo ou da areia é de cerca de 10 a 20 vezes maior que a densidade da matéria orgânica, basta misturar um pequeno volume destes materiais para reduzir o teor de matéria orgânica do material.

Quando o objetivo com o adubo orgânico é o condicionamento do solo, devemos também levar em conta o teor de carbono ou de matéria orgânica, e o grau de humificação do adubo. Materiais frescos com elevados teores de açúcares solúveis, amido, proteína e celulose, possuem uma capacidade menor de condicionamento de solo comparados aos materiais já estabilizados com maior grau de humificação (Leal et al., 2013).

 

Critérios econômicos para a escolha de adubos orgânicos

No caso de adubos orgânicos, a escolha não pode ser feita apenas pelo custo. Geralmente o adubo orgânico promove mais alterações no ambiente edáfico do que a simples adição de nutrientes. Há indicações de que 30% do nitrogênio, 50% do fósforo e todo o potássio contido no adubo orgânico estarão disponíveis no primeiro ano após sua aplicação. Porém, não podemos avaliar todas as outras características vantajosas do uso do adubo orgânico. Desta forma, avaliamos o adubo apenas comparando os custos entre fertilizantes orgânicos, evitando-se a comparação com fertilizantes minerais.

 

Para complementar o conteúdo, recomendamos assistir ao vídeo abaixo em que o canal "AgroBrasil" explica um exemplo de cálculo para comparar o valor equivalente entre um adubo orgânico e mineral.

 

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Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

 

Referências:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Manual de Adubação e de Calagem Para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10. ed. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2004.

EMBRAPA et al. MANUAL DE CALAGEM E ADUBAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 1. ed. Brasília, DF: Editora Universidade Rural, 2013.

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