Palivar
Geral | ||
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Nome Técnico:
Mefentrifluconazole; Piraclostrobina; Fluxapiroxade
Registro MAPA:
4222
Empresa Registrante:
Basf |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Fluxapiroxade | 88,9 g/L | |
Piraclostrobina | 177,8 g/L | |
Mefentrifluconazole | 133,3 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Fungicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Sistêmico |
Indicações de Uso
Algodão | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Corynespora cassiicola (Mancha alvo) | veja aqui | veja aqui | |
Ramularia areola (Ramularia) | veja aqui | veja aqui |
Café | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Cercospora coffeicola (Olho pardo) | veja aqui | veja aqui | |
Hemileia vastatrix (Ferrugem do cafeeiro) | veja aqui | veja aqui |
Cana-de-açúcar | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Puccinia kuehnii (Ferrugem alaranjada da cana) | veja aqui | veja aqui |
Feijão | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Colletotrichum lindemuthianum (Antracnose) | veja aqui | veja aqui | |
Phaeoisariopsis griseola (Mancha angular) | veja aqui | veja aqui |
Tipo: Bag-in-box
Material: Fibra celulósica com saco plástico interno
Capacidade: 20 L.
Tipo: Balde
Material: Plástico/Metálico
Capacidade: 30 L.
Tipo: bombona
Material: Plástico
Capacidade: 60 L.
Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 2 L.
Tipo: Sachê com tampa
Material: Fibra celulósica/Fibra celulósica revestida com plástico/Fibra celulósica revestida com plástico metalizado/Plástico/Plástico metalizado
Capacidade: 0,1 L.
Tipo: Tambor
Material: Plástico/Metálico
Capacidade: 220 L.
INSTRUÇÕES DE USO
O produto é um fungicida que apresenta na sua composição, a associação de três ingredientes ativos com modos de ação distintos. O Mefentrifluconazol, com ação na síntese de ergosterol, possui ação sistêmica e translaminar, o Fluxapiroxade, ingrediente ativo que atua na inibição da enzima succinato desidrogenase, no complexo II da cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria do fungo interferindo na formação do ATP e a Piraclostrobina que atua na inibição com complexo III, no sítio QoI. Apresenta excelente ação em um amplo espectro de patógenos nas mais variadas culturas, possui ação protetora agindo em diferentes fases do fungo, devido a sua atuação na inibição da germinação dos esporos, desenvolvimento e penetração dos tubos germinativos. Com amplo espectro de ação o fungicida é altamente efetivo quando utilizado dentro das recomendações técnicas descritas em bula.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALODE APLICAÇÕES
Efeito fisiológico
Utilizando o produto nas doses recomendadas podem ocorrer efeitos fisiológicos positivos na fisiologia das plantas, como o incremento da produtividade e/ou qualidade do produto final. Para todas as culturas e doenças, utilizar as doses mais baixas sob condições de menor pressão da doença, e as maiores sob condições severas (clima muito favorável, início de surgimento de sintomas na área).
Algodão
Iniciar as aplicações preventivamente ou no aparecimento dos primeiros sintomas e repetir caso necessário, em intervalo de até 15 dias, dependendo da evolução da doença, não ultrapassando o número máximo de 3 aplicações por ciclo e respeitando-se o intervalo de segurança.
Café
Iniciar as aplicações preventivamente entre novembro e dezembro e repetir no intervalo de até 60 dias, totalizando no máximo 3 aplicações por ciclo da cultura, respeitando-se o intervalo de segurança.
Cana-de-açúcar
Iniciar as aplicações no aparecimento dos primeiros sintomas da doença ou preventivamente. Repetir caso necessário com intervalo de até 30 dias, dependendo da evolução da doença, não ultrapassando o número máximo 4 aplicações por ciclo e respeitando-se o intervalo de segurança.
Feijão
Iniciar as aplicações no aparecimento dos primeiros sintomas da doença, ou preventivamente, repetir caso necessário com intervalos de 12 a 14 dias dependendo da evolução da doença, não ultrapassando o número máximo de 3 aplicações por ciclo e respeitando-se o intervalo de segurança.
Milho, Milheto e Sorgo
Iniciar as aplicações no aparecimento dos primeiros sintomas da doença ou preventivamente, quando a cultura apresentar 6 a 8 folhas. Repetir caso necessário com intervalo de até 21 dias, dependendo da evolução da doença, não ultrapassando o número máximo de 2 aplicações por ciclo e respeitando-se o intervalo de segurança.
Soja
Crestamento foliar de Cercospora
A aplicação deverá ser iniciada prioritariamente de forma preventiva no estádio vegetativo (estádio fenológico V4 a V6) até o início do florescimento (estádio fenológico R1) ou fechamento das entrelinhas, mesmo na ausência de sintomas da doença. Se a doença aparecer antes do estádio vegetativo V8, proceder a aplicação imediatamente, não importando o estádio fenológico da cultura. Repetir a aplicação quando necessário, dependendo da evolução da doença com intervalo de 15 a 18 dias, respeitando-se o intervalo de segurança e o número máximo de aplicações permitido para o cultivo.
Oídio
A aplicação deverá ser iniciada quando forem constatados os primeiros sintomas da doença e repetir caso necessário, dependendo das condições climáticas e evolução da doença com intervalo de 15 a 18 dias, respeitando-se o intervalo de segurança.
Mancha-parda
A primeira aplicação deverá ser efetuada no estádio vegetativo (estádio fenológico V4) seguida por uma segunda aplicação no fechamento das entrelinhas ou no estádio fenológico R1 (início do florescimento), repetir caso necessário, dependendo das condições climáticas e evolução da doença, respeitando-se o intervalo de segurança.
Ferrugem-asiática
A aplicação deverá ser efetuada preventivamente entre o final do estádio vegetativo (estádio fenológico V8) ao início do florescimento (estádio fenológico R1) ou no fechamento das entrelinhas, mesmo que ainda não tenham sido constatados os sintomas da doença. Se a doença aparecer antes de V8, proceder a aplicação imediatamente, não importando o estádio fenológico da cultura. Repetir a aplicação quando necessário, dependendo da evolução da doença, em intervalos de até 15 dias, respeitando-se o intervalo de segurança.
Antracnose e Mancha-alvo
A aplicação deverá ser efetuada a partir do do início de florescimento (estádio fenológico R1) e repetir se necessário, dependendo da evolução da doença, respeitando-se o intervalo de segurança. Não ultrapassar o número máximo de 2 aplicações por ciclo da cultura, com intervalos preferencialmente entre 15 a 18 dias.
Trigo, Aveia, Centeio, Cevada e Triticale
Iniciar as aplicações quando 10 a 20% do número total de folhas apresentarem sintomas de ataque de ferrugem e 15 a 20% do número total de folhas apresentarem sintomas de ataque de manchas foliares. Repetir caso necessário com intervalo de 21 dias, dependendo da evolução da doença, não ultrapassando o número máximo de 3 aplicações por ciclo e respeitando-se o intervalo de segurança.
MODO DE APLICAÇÃO
PREPARO DA CALDA
O responsável pela preparação da calda deve usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) indicado para esse fim. Colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação de todo volume deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda.
INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO A SEREM USADOS
APLICAÇÃO TERRESTRE
Seguir as recomendações abaixo para uma correta aplicação:
Equipamento de aplicação
Utilizar equipamento de pulverização provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo a ser atingido. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.
Seleção de pontas de pulverização
A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação. Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem cobertura adequada das plantas hospedeiras e produzam gotas médias (M), conforme norma ASABE. Em caso de dúvida quanto a seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico).
Velocidade do equipamento
Selecionar uma velocidade adequada às condições do terreno, do equipamento e da cultura. Observar o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resulta em uma melhor cobertura e deposição da calda na área alvo.
Pressão de trabalho
Observar sempre a recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada para a ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado. Para muitos tipos de pontas, menores pressões de trabalho produzem gotas maiores. Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho. Caso o equipamento possua sistema de controle de aplicação, assegurar que os parâmetros de aplicação atendam a recomendação de uso.
Altura de barras de pulverização
A barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
Aplicação com turbo atomizador na cultura do café
Utilizar turbo atomizador tratorizado seguindo o espaçamento entre bicos recomendado pelo fabricante. Deve ser realizado a regulagem das pontas de pulverização. A pulverização deve ser direcionada a cultura, garantindo que as pontas de pulverização superiores e inferiores estejam ajustas com o tamanho da cultura, evitando perdas das gotas por deriva. A regulagem do ventilador deve ser realizada de forma que as gotas atinjam o interior da copa das plantas.
Aplicação com equipamento costal
Para aplicações costais, manter constante a velocidade de trabalho e altura da lança, evitando variações no padrão de deposição da calda nos alvos, bem como a sobreposição entre as faixas de aplicação.
APLICAÇÃO AÉREA
A aplicação do produto com aeronaves agrícolas é recomendada para as culturas de algodão, aveia, café, cana-de-açúcar, centeio, cevada, feijão, milheto, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.
Equipamento de aplicação
Utilizar aeronaves providas de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.
Volume de calda por hectare (taxa de aplicação)
Recomenda-se o volume de calda entre 30 a 50 L/ha ou 10 a 30 L/ha, quando utilizados bicos centrífugos (atomizadores rotativos).
Seleção de pontas de pulverização
A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação. Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem cobertura adequada das plantas hospedeiras e produzam gotas médias (M), conforme norma ASABE. Bicos centrífugos produzem gotas menores, podendo favorecer as perdas por evaporação e/ou deriva das gotas. Em caso de dúvida quanto à seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico). Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho.
Altura de voo e faixa de aplicação
Altura de voo deverá ser de 3 a 6 metros do alvo a ser atingido, atentando à segurança da operação e à cobertura adequada do alvo. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada. O uso de marcadores humanos de faixa não é recomendado, pois trata-se de situação potencialmente perigosa devido à exposição direta destes marcadores aos agroquímicos. Atentar à legislação vigente quanto às faixas de segurança, distância de áreas urbanas e de preservação ambiental. A aplicação deve ser interrompida, imediatamente, caso qualquer pessoa, área, vegetação, animais ou propriedades não envolvidos na operação sejam expostos ao produto.
O aplicador do produto deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização, evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser mantidos em boas condições, corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva, minimizando assim o risco de contaminação de áreas adjacentes.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
- Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula. Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas;
- Os Limites Máximos de Resíduos podem não ter sido estabelecidos em outros países ou divergirem dos existentes no Brasil, assim, para cultivos tratados ou subprodutos que se destinem à exportação, o Limite Máximo de Resíduo no país de destino deve ser respeitado;
- Caso o Limite Máximo de Resíduo estabelecido no país de destino esteja abaixo do Limite Máximo de Resíduo no Brasil, recomenda-se ao exportador o monitoramento de resíduos antes de exportar. Em caso de dúvida, consulte o seu exportador, importador ou a BASF antes de exportar e/ou aplicar o produto;
- A BASF não se responsabiliza por qualquer impedimento para exportação em razão dos resíduos gerados pela aplicação dos produtos nem por quaisquer danos ou consequências que possam advir do desrespeito dos Limites Máximos de Resíduos.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
A integração de medidas de controle é premissa básica para um bom manejo de doenças nas plantas cultivadas. As diferentes medidas de controle visam desacelerar, integradamente o ciclo das relações patógeno-hospedeiro. O uso de fungicidas adequados, variedades resistentes, rotação de culturas e controle do ambiente devem ser vistos como métodos de controle mutuamente úteis. Dentro deste princípio, todas as vezes que seja possível devemos associar as boas práticas agrícola como:
- Uso racional de fungicidas e aplicação, no momento e doses indicadas, de fungicidas específicos para um determinado fungo;
- Utilização de cultivares resistentes ou tolerantes;
- Semeadura nas épocas menos propícias para o desenvolvimento dos fungos;
- Eliminação de plantas hospedeiras, rotação de culturas, adubação equilibrada, escolha do local para implantação da cultura, etc;
- Manejo de Doenças de plantas cultivadas deve ser entendido como a utilização de métodos químicos, culturais e biológicos necessários para manter as doenças abaixo do nível de dano econômico.
O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças resistentes a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência e para evitar os problemas com a resistência dos fungicidas, seguem algumas recomendações:
- Iniciar as aplicações sempre de forma preventiva;
- Rotacionar o uso de fungicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo, G1, C3 e C2 para o controle do mesmo alvo, sempre que possível;
- Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, controles culturais, cultivares com gene de resistência quando disponíveis,etc;
- Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto;
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e manutenção da eficácia dos fungicidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de fungos patogênicos devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO G1 FUNGICIDA
GRUPO C3 FUNGICIDA
GRUPO C2 FUNGICIDA
O produto fungicida é composto por Mefentrifluconazol, Piraclostrobina e Fluxapiroxade, que apresentam mecanismos de ação: C14 – Desmetilase na biossíntese de esterol (erg11/cyp51), Inibidores do Complexo III: Citocromo bc1 (ubiquinol oxidase) no sítio Qol e Inibidores do complexo II: Succinato-desidrogenase, pertencentes aos Grupos G1, C3 e C2 segundo classificação internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas), respectivamente.
RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DE RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS PARA A FERRUGEMDA-SOJA
O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças resistentes a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiênciado produto e consequente prejuízo. Como prática para retardar a queda de eficácia dos fungicidas ao fungo causador da ferrugem-asiáticada-soja, seguem algumas recomendações:
- Aplicação rotacionada de fungicidas formulados em mistura rotacionando os mecanismos de ação distintos do Grupo G1, Grupo C2 e Grupo C3 sempre que possível. Se o produto tiver apenas um mecanismo de ação, nunca utilizar isoladamente;
- Respeitar o vazio sanitário e eliminar plantas de soja voluntária;
- Semear cultivares de soja precoce, concentrando a semeadura no início da época recomendada para cada região (adotar estratégia de escape);
- Jamais cultivar a soja safrinha (segunda época);
- Utilizar preferencialmente cultivares com gene de resistência incorporado, quando disponíveis;
- Semear a soja com a densidade de plantas que permita bom arejamento foliar, o que permitirá maior penetração e melhor cobertura do fungicida;
- Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, uso de sementes sadias, adubação equilibrada, manejo da irrigação do sistema, outros controles culturais etc;
- Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis do agente causador de doenças a ser controlado;
- Utilizar o fungicida somente na época, na dose e nos intervalos de aplicação recomendados;
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de fungicidas;
- Realizar o monitoramento da doença na cultura;
- Adotar estratégia de aplicação preventiva;
- Respeitar intervalo máximo de 15 a 18 dias de intervalos entre aplicações;
- Realizar, no máximo, o número de aplicações do produto conforme descrito em bula;
- Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e manutenção da eficácia dos fungicidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de fungos patogênicos devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO G1 FUNGICIDA
GRUPO C3 FUNGICIDA
GRUPO C2 FUNGICIDA
O produto fungicida é composto por Mefentrifluconazol, Piraclostrobina e Fluxapiroxade, que apresentam mecanismos de ação: C14 – Desmetilase na biossíntese de esterol (erg11/cyp51), Inibidores do Complexo III: Citocromo bc1 (ubiquinol oxidase) no sítio Qol e Inibidores do complexo II: Succinato-desidrogenase, pertencentes aos Grupos G1, C3 e C2 segundo classificação internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas), respectivamente.